Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Eduardo Araujo de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-01022024-124051/
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Resumo: |
A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) vem ganhando notoriedade na mitigação dos novos casos da infecção. Apesar disso, a incidência de HIV tem crescido entre jovens e adolescentes brasileiros de minorias sexuais e de gênero. Observa-se o aumento de trabalhos sobre a experiência de uso de PrEP entre adolescentes gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens (aGBHSH), mas são escassos os estudos qualitativos que articulam as percepções e experiências relacionadas ao continuum do cuidado de PrEP (CCPrEP) com os diferentes marcadores sociais, na perspectiva de aGBHSH e de profissionais de saúde (PS). Objetivo: analisar os impactos dos sistemas de opressão sociais (racismo, classismo, homo/bifobia, capacitismo) intersectados no continuum do cuidado de PrEP entre aGBHSH e como estes são identificados e manejados por PS visando o cuidado à saúde sexual e prevenção do HIV. Metodologia: Estudo de investigação qualitativa integrado a uma pesquisa de coorte com aGBHSH e mulheres transexuais e travestis (TrMT) em uso de PrEP (Estudo PrEP1519). Foram analisados dados produzidos no sítio da cidade de São Paulo, integrando 16 entrevistas com aGBHSH e 08 com PS. O referencial teórico metodológico se orientou pela categorização interativa de análise temática de conteúdo com enquadramento interseccional. Resultados: O conhecimento sobre PrEP dos aGBHSH são afetados pelos efeitos negativos dos sistemas de opressão, sobretudo entre adolescentes negros que adquirem conhecimento de forma menos técnica quando comparado aos brancos. A maioria dos profissionais enxergam as opressões e as suas consequências para o CCPrEP e confere protagonismo ao racismo, mas poucos articulam os diferentes marcadores sociais que potencializam barreiras para o sucesso do CCPrEP. Conclusão: As opressões sociais impactam o sucesso do CCPrEP de diferentes maneiras e os profissionais de saúde são centrais para mitigação e não propagação dessas experiências negativas dentro do serviço de saúde e no acesso, uso e adesão à PrEP |