Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Raquel Zanelatto Alves da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-05012018-111154/
|
Resumo: |
Esta dissertação teve como objetivo examinar especificidades no processo de iniciação sexual de jovens mulheres vivendo com HIV. Utilizaram-se dados do estudo transversal GENIH: gênero e infecção pelo HIV, com amostra probabilística, que entrevistou mulheres de 18 a 49 anos, usuárias dos serviços públicos de saúde no município de São Paulo. Analisaram-se variáveis referentes às características sociodemográficas, à primeira relação sexual e às trajetórias reprodutivas das jovens de 18 a 24 anos: 130 mulheres vivendo com HIV/Aids (MVHA) e 257 mulheres não vivendo com HIV/Aids (MNVHA). As MVHA foram estratificadas em infectadas por transmissão vertical (TV) e infectadas por outras vias (OV). Observou-se associação (p<0,05) entre iniciação sexual tardia e ser infectada por TV, possuir religião, ter cursado ensino médio completo ou mais e não ter feito uso de drogas na vida. As jovens infectadas por outras vias iniciaram-se mais cedo do que as demais, com parceiros bem mais velhos e relataram menor uso de preservativo na primeira relação sexual. Há diferenças significativas entre os grupos com relação ao tempo de vida sexual ativa, conjugalidade, número de gestações e aborto. Apesar de mais tardias, jovens infectadas por transmissão vertical (TV) apresentaram menor intervalo entre a primeira relação sexual e a primeira gravidez do que as demais, logo o adiamento do início da vida sexual não implica na postergação da trajetória reprodutiva. A multiplicidade de trajetórias sexuais e reprodutivas evidencia a diversidade de intercâmbios entre as experiências de socialização que se dão no âmbito da escola, família, trabalho e demais instituições a que as jovens pertencem. O processo de iniciação sexual das jovens vivendo com HIV carrega marcas das hierarquias de gênero que modulam a socialização juvenil |