Dilúculo do tempo: imagens de tempos na música de concerto no século XX e XXI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Gonçalves, Wellington José
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-20122023-160419/
Resumo: Este trabalho se dedicou a investigar as questões do tempo e música, no contexto do século XX e XXI. Segundo a pensadora francesa Giséle Brelet (1915-973) a partir da dissolução do sistema tonal, [...] o músico criador, encontrando-se colocado diante do absoluto de sua liberdade criativa, confronta diretamente o que, uma vez abolido o universo tonal, resta da música: a pureza de sua essência e sua alma temporal. (1962, p.413). Portanto, o fato de que qualquer som, qualquer acorde, qualquer evento musical pode suceder a outro (1962 p.414) sem conexões previamente estabelecidas por um sistema que organiza a totalidade das relações e a forma, então, segundo Brelet, restaria a música dar forma ao tempo. A partir desta proposição, investigamos quais as estratégias utilizadas pelos músicos criadores no século XX e XXI; quais as implicações composicionais dessas estratégias; quais as implicações que essas escolhas temporais podem trazer para a compreensão e entendimento da música produzida no século XX e XXI; quais as implicações estéticas que essas escolhas podem trazer. Para responder essas questões, escolhemos textos, entrevistas, obras musicais e demais documentos de cinco compositores que se dedicaram e produziram uma grande gama de textos e obras sobre as questões do tempo e música, são eles: Olivier Messiaen (1908-1992), Karlheinz Stockhausen (1928-2007), Pierre Boulez (1925-2016), Gérard Grisey (1946-1998) e Iannis Xenakis (1922- 2001). Em nossa investigação, ao que tange o assunto, também realizamos uma reflexão sobre a percepção temporal da música. E em anexo a este trabalho, apresentamos seis composições que foram elaboradas a partir do referencial teórico adquirido durante esta pesquisa.