Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pasquoto, Caio Godoy |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3137/tde-14012021-112547/
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Resumo: |
O aumento vertiginoso das atividades industriais, que ocorre desde o início do século XX, é levado pelos avanços tecnológicos que visam sempre a melhoria dos processos no que diz respeito a otimizações técnicas relacionadas ao aumento de produtividade e lucratividade das empresas. Certos avanços são positivos quando se fala em economia e em conforto para a população. Porém, os danos ambientais provocados pela rápida expansão da indústria não recebiam a devida atenção no Brasil até a década de 80, quando foi criada a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA). Tais danos ambientais podem ainda acarretar efeitos negativos tanto à saúde humana quanto à fauna e flora próximos aos locais contaminados. Entre os contaminantes gerados pela indústria estão os metais potencialmente tóxicos, que quando em contato com o organismo humano podem provocar danos ao sistema neurológico, vascular, respiratório e ao metabolismo, dependendo do metal em questão. Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho foi estudar os fatores que influenciam na mobilidade de bário, chumbo e zinco em solo. Para isso, os três metais, utilizados na forma de nitrato, foram colocados em contato com duas amostras de solo e uma de aterro, provenientes do estado São Paulo. As amostras de foram caracterizadas quanto a granulometria, composição química, mineralógica, quantidade de matéria orgânica, pH, Capacidade de Troca Catiônica (CTC) e área superficial. As amostras foram denominadas como silte, aterro e areia, sendo que as duas primeiras possuem majoritariamente partículas com granulometria siltosa, e a terceira, partículas arenosas. Inicialmente, os metais, juntos e isoladamente, foram mantidos em contato com os três solos por um período de 28 dias, durante o qual foram coletas amostras a cada 7 dias para realização de ensaios de lixiviação com uma solução acética visando simular o que seria a lixiviação natural e avaliar o período de permanência do contaminado nos diferentes solos. Nas contaminações com os metais misturados, o bário ficou 100% retido enquanto o chumbo permaneceu 70% retido na amostra de areia. No solo silte, cerca de 50% e 40% de bário e chumbo, respectivamente, ficaram retidos. O zinco foi lixiviado em cerca de 80% em todos os solos avaliados. Para todos os ensaios não foi observada influência do tempo de contaminação. O mesmo comportamento foi obtido nas contaminações com os metais isolados. Considerando que o bário e chumbo apresentaram maior interação com os solos, eles foram utilizados em um novo ensaio, dessa vez colocados em contato com as frações granulométricas dos solos (fração areia e fração silte+argila). As frações areia apresentaram menor interação quando comparado com as frações silte+argila. A maior influência na retenção dos metais é devida à maior CTC observada para o solo arenoso, provavelmente devido à presença de illita na fração argilosa. Os contaminantes apresentaram uma interação menor com o aterro, quando comparado ao solo arenoso, já que sua composição mineralógica é semelhante à do solo silte na fração argilosa, entretanto possui maior quantidade de matéria orgânica e pH mais elevado, cujas propriedades favorecem a retenção de metais. |