Dinâmica do bário em solos que receberam baritina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Lima, Erica Souto Abreu lattes
Orientador(a): Amaral Sobrinho, Nelson Moura Brasil do lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10593
Resumo: A baritina é a forma mineral natural de sulfato de bário (BaSO4), que é amplamente utilizada nos fluídos de poços de prospecção de petróleo. Apesar do sulfato de bário ser pouco solúvel, e consequentemente, pouco biodisponível para as plantas e de baixa mobilidade, não se conhece a magnitude das alterações na sua dinâmica em condições redutoras do solo. Diante disso, o objetivo principal do estudo foi avaliar se em condições de extrema redução ocorre o aumento da solubilização e como conseqüência liberação do bário no solo, potencializando o risco de contaminação para as plantas e águas subterrâneas. Foram realizados dois experimentos em paralelo, sendo um em colunas de lixiviação e o outro em vasos, onde foi cultivado arroz como planta teste. Em ambos os ensaios foram utilizadas amostras de terra coletadas de Latossolo Vermelho Amarelo. A instalação dos experimentos seguiu o delineamento experimental inteiramente casualizado, em esquema fatorial (4 x 2) com 4 repetições, ou seja, composto por testemunha e três doses de bário (100, 300 e 3000 mg kg-1), dois teores de umidade (70% CC e saturado com presença de lâmina de 5 cm), totalizando 32 unidades experimentais. Foram monitorados o potencial redox (Eh) e o pH, até atingirem valores de Eh de -200 mV. Após atingirem esses valores foi simulada uma precipitação pluviométrica de 200 mm dia-1 nas colunas, onde foram coletados volumes de 200 mL. O extrato foi dividido em volumes de 200 mL, que correspondem a 1/8 do volume de poro da coluna de solo, para em seguida serem analisados quanto aos teores de bário e outros metais considerados tóxicos. As plantas de arroz (Oryza sativa L.) foram cultivadas nos potes por todo o ciclo vegetativo (aproximadamente 4 meses) até serem colhidas e analisadas. Também foi realizado o fracionamento geoquímico para os elementos bário, manganês e ferro pelo método BCR. Os resultados obtidos evidenciaram que a adição das doses de baritina no solo e a condição de extrema redução, propiciaram o aumento de bário, ferro e manganês nas frações de maior labilidade. Promovendo, assim, maiores teores de bário no extrato lixiviado. Nessas condições, as plantas apresentaram redução no seu crescimento e desenvolvimento. Porém o bário pode não ser o principal causador dessa redução, podendo esta estar ligada a toxicidade do ferro e a uma menor absorção de zinco, fósforo e cálcio.