Avaliação imunofenotípica dos precursores eritróides em neoplasias mieloproliferativas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Barretto, Gabriel Dessotti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60140/tde-25082023-092308/
Resumo: Neoplasias Mieloproliferativas (NMP) são desordens hematológicas clonais caracterizadas pela proliferação exacerbada de células precursoras e maduras pertencentes à linhagem mieloide. Nestas doenças, a elevada proliferação e resistência à morte celular promove o acúmulo de células mieloides na medula óssea e no sangue periférico, alta viscosidade sanguínea e risco aumentado para a ocorrência de alterações cardiovasculares. A fisiopatologia das NMP está associada à presença de mutações genéticas iniciadoras nos genes Janus Kinase 2 (JAK2), Calreticulina (CARL) e Receptor de trombopoetina (MPL), que estimulam a ativação constitutiva da via JAK2-STAT. Apesar dos conhecimentos sobre a fisiopatologia das NMP, os mecanismos celulares e moleculares associados ao aparecimento das mutações iniciadoras, fenótipo e à progressão da doença não foram totalmente elucidados. Além disso, permanece incógnita a maneira pela qual a ativação da via JAK-STAT é capaz de alterar o processo de eritropoese nas NMP. Sendo assim, o presente trabalho padronizou as técnicas de separação das subpopulações de precursores terminais eritróides, caracterizou o imunofenótipo e quantificou a frequência dos precursores eritróides terminais de pacientes com Policitemia Vera (PV), Trombocitemia Essencial (TE) e Mielofibrose Primária (MF). Foram estudados 18 aspirados de medulas ósseas de pacientes com PV (n=5), TE (n=4), MF (n=3) e de controles (n=6). As amostras de medula óssea foram marcadas com os anticorpos anti-glicoforina A, anti-band 3, anti-α4-integrina e anti-CD45, imunofenotipadas e os precursores eritróides isolados por meio de sorting celular para realização do cytospin. Foi estabelecido o protocolo de separação das subpopulações da diferenciação terminal eritróide e por meio dele foram obtidas as frequência das células eritróides terminais por citometria de fluxo. A pureza das subpopulações de progenitores eritróides foi avaliada por cytospin. Os resultados indicam que há alterações nas frequências de subpopulações de precursores terminais eritróides nas NMP. Foi observado aumento da subpopulação de pró-eritroblastos na PV e da subpopulação de eritroblastos ortocromáticos na TE. Na MF, não foi possível a quantificação dos precursores terminais eritróides. Estes achados sugerem a existência de alterações da dinâmica da eritropoese em pacientes com PV e TE.