Uma geografia do discurso sobre a natureza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1991
Autor(a) principal: Carvalho, Marcos Bernardino de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-07122022-180927/
Resumo: Trata-se de uma dissertação de caráter teórico que, partindo de uma análise parcial dos fundamentos epistemológicos da geografia, busca discutir a riqueza embutida na própria indefinição cientifica da geografia, particularmente o seu não aninhamento definitivo entre as chamadas ciências humanas ou naturais, que ao longo do sec. XIX se constituíram. Através da caracterização das potencialidades transgressoras dessa particularidade anti-cientifica da geografia, o desenvolvimento teórico da dissertação, esboça uma crítica ao analitismo cartesiano, particularmente no trato do tema sociedade/natureza. Propondo uma reconceituação de categorias teóricas como tempo e espaço, a dissertação objetiva, ao mesmo tempo, uma reconceituação e um reaproveitamento da própria geografia, o que acredita ser possível, adotando-se a noção relativística espaço-tempo, com o intuito de utilizá-la para análises que sejam sintetizantes das relações sociedade/natureza. Essa reconceituação e esse reaproveitamento sao exercitados, teoricamente, no estabelecimento de uma geografia da natureza. Tentando demonstrar de que forma as distintas unidades de espaço-tempo se materializam, em igualmente distintos discursos a que chamamos de natureza, a dissertação objetiva também, integrar a própria geografia dentro do amplo movimento de características transdisciplinares, que as exigências atuais trouxeram a tona