Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Paulo Fernando Lara Pereira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-06122019-165147/
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Resumo: |
Esta pesquisa tem por objetivo analisar a condução da política econômica do Governo da Unidade Popular (1970-1973), liderado pelo presidente Salvador Allende (1908-1973), em sua tentativa de realizar uma transição pacífica, plural e democrática do Chile para uma sociedade socialista, transição essa conhecida como via chilena para o socialismo. Reconstituindo o desenvolvimento histórico do Chile entre a crise de 1929 e a vitória eleitoral de Allende, apresentamos como o atraso e a dependência econômica chilena forneceram as bases para a formulação do plano econômico da Unidade Popular enquanto as peculiaridades do sistema político chileno, estabilidade e predomínio dos poderes civis, permitiram a esquerda ambicionar uma transição para o socialismo utilizando o sistema político existente. A partir do complexo e frágil equilíbrio entre avanços econômicos em direção à construção de uma economia socialista, com grande presença estatal, e a busca pela hegemonia político-eleitoral, o governo da Unidade Popular teve que enfrentar uma oposição política que gradativamente se fortaleceu com o intuito de deter as mudanças econômicas propostas pela esquerda. Por meio da verificação dos dados econômicos do período estudado, apresentamos os pontos centrais para o entendimento do desenvolvimento da administração Allende, desde a euforia dos resultados alcançados no ano de 1971, como o avanço da política redistributiva e as diversas nacionalizações no setor industrial e da mineração, até a crise geral da economia durante o ano de 1973 e o golpe de Estado dado pelos militares chilenos, com o apoio dos setores conservadores da sociedade chilena e pelo governo dos Estados Unidos. |