O papel das funções de controladoria para gestão estratégica em pequenos negócios

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Carneiro, Diogo Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-08122023-171102/
Resumo: Pequenos negócios representam uma parte importante da economia: geram grande parte da riqueza produzida e são responsáveis por uma parcela relevante das vagas de emprego. Apesar da sua importância econômica e social, pequenos negócios não costumam ser foco de estudos relacionados às práticas de gestão, sobretudo no que se refere à gestão estratégica. Em geral, o foco da literatura de estratégia recai sobre as grandes empresas, de modo que os pequenos negócios carecem de um arcabouço conceitual específico e adequado para suas características, principalmente no que diz respeito aos fatores que podem contribuir para melhorar suas práticas de gestão. Por outro lado, Sistemas de Controle Gerencial têm como objetivo fazer com que a estratégia da empresa realmente aconteça, e exercem seu papel nas organizações por meio das funções de controladoria. Trata-se de um importante conjunto de ferramentas cujo propósito é promover a gestão estratégica. Este trabalho tem o objetivo de investigar o papel das funções de controladoria na gestão estratégica de pequenos negócios, tomando como base fundamentos econômicos e conceituais específicos para as características das empresas menores. A pesquisa apoia-se em um estudo de casos múltiplos em que foram analisadas 11 pizzarias localizadas na região metropolitana de São Paulo. Considerando a orientação de gestão identificada em cada caso, analisou-se a contribuição fornecida pelas funções de controladoria para a (i) formulação de estratégias, (ii) implementação de estratégias e (iii) promoção de melhorias na efetividade operacional da empresa; meios pelos quais a organização pode adotar uma orientação de gestão que vai além dos aspectos operacionais, ou seja, adota uma postura mais estratégica ou tática. Constatou-se que empresas que enfrentam escassez severa de recursos beneficiam-se muito pouco das funções de controladoria, uma vez que não há recursos para operacionaliza-las. Nesses casos, observou-se que a administração se apoia preponderantemente em informações financeiras (fluxo de caixa). Por sua vez, empresas capazes de disponibilizar recursos para operacionalização de funções de controladoria (principalmente função gerencial-estratégica e função de custos) podem se beneficiar de informações mais adequadas para promover melhorias na efetividade operacional. Já empresas mais estruturadas, geralmente classificadas como empresas de pequeno porte, fazem uso destas funções também para formulação e implementação de estratégias. Por fim, observou-se que apenas empresas maiores utilizam funções de controladoria de forma mais abrangente.