Corporate venture builder como modelo de inovação aberta: estudo de caso no varejo farmacêutico brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Barbosa, Alexandre Augusto Lara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12142/tde-18032024-122801/
Resumo: Em um mundo em mutação cada vez mais acelerada, a necessidade de sobrevivência das empresas demanda, por parte destas, esforços para buscar inovação. O uso do modelo clássico de Pesquisa e Desenvolvimento para construir conhecimento e tecnologia proprietária perdeu força na 2ª metade do século XX, por conta de fenômenos como a internet, a alta rotatividade de colaboradores e o aparecimento de novos negócios que foram disruptivos para várias indústrias. A Inovação Aberta foi um caminho que surgiu, por meio do qual as empresas buscam um relacionamento com o ecossistema de startups de forma a conseguirem acompanhar as tendências de mercado e, assim, poderem reagir mais rapidamente, antes de serem solapadas pelas mudanças mercadológicas. Um dos mecanismos mais promissores de Inovação Aberta é o modelo Corporate Venture Builder, que traz uma boa relação de custo-benefício para as organizações que o utilizam. Neste contexto, insere-se a presente pesquisa que teve como objetivo principal analisar como o modelo Corporate Venture Builder pode promover a Inovação Aberta entre empresas e stakeholders de um ecossistema de inovação (dentre eles, o parceiro consultor de inovação, as startups e os investidores-anjo). Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa com o estudo de caso da implantação da Corporate Venture Builder FARMA Ventures no Brasil. Os dados primários foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, foram depurados por meio da análise do discurso e foram codificados com base no referencial teórico. As entrevistas foram transcritas e ajudaram a entender como uma Corporate Venture Builder é estruturada, assim como o seu modus operandi. Além disso, foi identificado o papel de cada um dos participantes do empreendimento multiempresas, o esforço com que cada um contribui para o sucesso da operação e quais motivações cada parte tem, incluindo expectativas de curto e de longo prazos. No balanço geral, foi percebido que a atuação simbiótica desses personagens trouxe ganhos para todos eles. O modelo, ainda novo, mostra o potencial da aplicação para gerar um fluxo de soluções vindas da carteira de startups investidas, sendo que parte das soluções são aproveitadas pelas próprias corporações patrocinadoras e parte delas pela cadeia de negócios em que estão inseridas. Os resultados ainda estão mais focados em ganhos incrementais de performance, havendo espaço para explorar soluções mais disruptivas, sendo necessário um trabalho de aprofundamento cultural nas corporações para buscar mais ganhos de longo prazo e maior impacto no modelo de negócio na indústria farmacêutica no Brasil. Ademais, o modelo também pode ser adotado em outros tipos de indústrias.