Células estromais mesenquimais multipotentes em neoplasias mieloproliferativas: caracterização fenotípica, molecular e funcional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cominal, Juçara Gastaldi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60140/tde-04092019-082714/
Resumo: A policitemia vera (PV), trombocitemia essencial (TE) e mielofibrose (MF) são neoplasias mieloproliferativas (NMP) caracterizadas por proliferação exacerbada de células mieloides maduras e seus precursores na medula óssea e sangue periférico. A fisiopatologia das NMP está associada a presença de mutações iniciadoras nos genes JAK2, CALR e MPL, alterações epigenéticas e do microambiente medular. As células estromais mesenquimais multipotentes (MSC) são essenciais para a manutenção e desenvolvimento do microambiente medular. As MSC são capazes de secretar numerosas moléculas imunomodulatórias, fatores pró-angiogênicos e de crescimento. Pelo exposto, o presente trabalho teve como objetivos principais caracterizar e avaliar funcionalmente as MSC isoladas da medula óssea de pacientes com PV, TE e MF e determinar no microambiente medular desses pacientes o perfil de citocinas, quimiocinas e fatores pró-angiogênicos. Os resultados indicaram que as MSC de NMP são similares às MSC de indivíduos saudáveis quanto ao perfil imunofenotípico e multipotencialidade. Contudo, as MSC de pacientes com NMP se expandem mais lentamente e são de difícil estabelecimento in vitro em comparação com as MSC obtidas de medula óssea normais. Na PV, as MSC são mais resistentes à morte celular, apresentam níveis aumentados da expressão do gene antiapoptótico BIRC2 e menor potencial imunomodulatório. O microambiente medular dos pacientes com NMP apresentou perfil oncoinflamatório, caracterizado pela elevação dos níveis de citocinas, quimiocinas inflamatórias e fatores pró-angiogênicos, principalmente nos pacientes com PV. Em conjunto, os resultados obtidos indicam alteração do microambiente medular nas NMP. Estas alterações no nicho medular têm potencial para interferir no processo de hematopoese, neoangiogênese e na interação célula-célula/célula-estroma medular, contribuindo assim para o desenvolvimento de um microambiente pró-tumoral e na patogênese das NMP