Análise de durabilidade e textura superficial em restaurações de camada de rolamento de pavimentos asfálticos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Marina Frederich de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3138/tde-05032021-094606/
Resumo: Uma estrutura de pavimento deve ser dimensionada de modo a garantir trafegabilidade, segurança e conforto aos usuários da via. A garantia destes três parâmetros deve ser assegurada sob a ação do tráfego e das condições climáticas a que a rodovia é exposta. A falta ou inadequada manutenção da estrutura pode acelerar o desenvolvimento de defeitos, especialmente trincamento por fadiga e deformação permanente. A evolução destes defeitos torna necessária a restauração da rodovia, de modo que as intervenções realizadas na camada de revestimento asfáltico garantam a trafegabilidade. O processo de restauração conta com etapa de projeto, onde são selecionados os materiais e realizada a dosagem e dimensionamento; e de execução, onde ocorre a usinagem (sujeita a erros de teor de ligante e granulometria) e compactação da camada (diretamente ligada ao volume de vazios da camada final). Ambas as etapas precisam ser eficientes para que o revestimento não apresente defeitos precocemente. Além disso, outro fator que pode comprometer a segurança dos usuários da via é a textura superficial da camada, responsável pela aderência entre pneu e pavimento, também influenciada pelas características da mistura. Assim, este estudo analisou o efeito da variação da distribuição granulométrica e do volume de vazios de misturas asfálticas quanto ao comportamento mecânico e à textura superficial, tanto em laboratório quanto em campo. Foram consideradas quatro granulometrias (contínua, semi-descontínua, descontínua e aberta), e duas volumetrias para as granulometrias contínua e descontínua. Em laboratório, as misturas foram caracterizadas quanto às propriedades viscoelásticas lineares, comportamento quanto à deformação permanente e à fadiga, macrotextura e microtextura. A análise laboratorial contou também com estudo do processo de compactação das amostras, propondo um novo método com vibração. Em campo, o monitoramento dos trechos experimentais foi feito com extração de corpos de prova de pista, utilizados para caracterização de rigidez e da estrutura interna; e com levantamentos deflectométricos e de defeitos. Verificou-se que o processo de compactação interfere no comportamento mecânico quanto à deformação permanente e à macrotextura das amostras. A rigidez de misturas compactadas em laboratório e de amostras extraídas de pista evidenciam pouca variação de acordo com as mudanças de granulometria e volumetria estudadas. A microtextura também não foi afetada por essas variáveis. Todas as misturas apresentaram comportamento adequado em laboratório quanto à deformação permanente, como indicado pela metodologia FAD, apesar de serem consideradas inadequadas pelo método Bailey. O teor de ligante asfáltico apresentou maior influência nos resultados de fadiga do que a granulometria das misturas. Em campo, foi encontrada forte relação entre teor de ligante asfáltico e afundamento de trilha de roda. A mistura semi-descontínua apresentou suscetibilidade à ocorrência de trincas. Foi ainda observada relação entre descontinuidade da granulometria e mudança da macrotextura com a ação do tráfego.