Coalizões e preferências políticas na crise hídrica da Região Metropolitana de São Paulo: o paradigma da gestão da oferta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Spinola, Ana Lúcia Gerardi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/106/106132/tde-23112018-132319/
Resumo: O aumento das regiões de escassez de água ao redor do mundo traz à tona questionamentos acerca de como a sociedade moderna utiliza a água e de que forma isso afetará a disponibilidade hídrica futura. Os resultados políticos, que têm influência significativa no agravamento destes eventos, são moldados por estratégias que refletem as preferências políticas dos atores envolvidos na gestão da água. Exemplos dessas estratégias são: a gestão da oferta, a gestão da demanda e o water soft path. A gestão da oferta é caracterizada pela dependência quase sistemática da busca por novas fontes de água. Enquanto a água estiver disponível para ser alocada, mesmo de locais distantes, há pouca discussão sobre medidas alternativas. A política de coalizão existe quando pessoas de dentro e fora do governo se mobilizam e interagem para traduzir suas crenças e ideias em ações concretas. Estas interações podem resultar em mudança ou na continuidade política. A pesquisa visou responder à questão de quais coalizões são identificadas no subsistema de gestão da água na crise hídrica da RMSP e quais abordagens de gestão essas utilizam. Para isso, valeu-se do Modelo de Coalizões de Defesa como ferramenta teórica, bem como de ferramentas computacionais de análise de redes sociais e de frequência de palavras como ferramentas metodológicas. Esse trabalho explorou a reafirmação da coalizão político-tecnocrática ao longo do período da crise hídrica. Essa coalizão foi articulada em torno do governo do Estado e de técnicos e gestores da Companhia Estadual de Saneamento; de forma que eles conseguiram centralizar as decisões em um grupo restrito de atores políticos e traduzir suas ideias em planos de obras emergenciais, guiados pelo paradigma da gestão da oferta.