Formação de personalidade ética: as contribuições de Kohlberg e van Hiele

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Vidigal, Sonia Maria Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-23052011-155307/
Resumo: Tendo em vista a questão de como formar uma personalidade ética, o objetivo deste trabalho foi o de realizar uma investigação teórica visando à compreensão de como se desenvolvem dois aspectos que compõem tal formação: a moral e a cognição. Buscou-se ainda comparar as semelhanças entre esses aspectos e observar intervenções pedagógicas que propiciassem o desenvolvimento de ambos. Para o estudo do desenvolvimento moral, analisaram-se os trabalhos do psicólogo americano Lawrence Kohlberg, que baseou sua investigação nos estudos de Dewey e Piaget, aprimorando uma sequência de etapas pelas quais as pessoas passam em sua formação. Além disso, o psicólogo e seus colaboradores pesquisaram quais condições favoreciam esse avanço de forma a propiciar que níveis mais elevados de desenvolvimento fossem atingidos. Para o estudo dos aspectos cognitivos de tal questão, buscou-se um autor holandês, que elaborou, na área da matemática, um modelo para o desenvolvimento do pensar geométrico: Pierre van Hiele. Apesar de ele ter elaborado um modelo específico para o pensar geométrico, afirma ser possível utilizar esse modelo para o estudo da cognição em outras áreas do conhecimento, não se restringindo apenas à geometria. Ao se compararem as semelhanças entre os dois estudos, foram observados elementos comuns a ambos, entre eles, a necessidade de se favorecer a ocorrência de conflitos cognitivos para o avanço de uma etapa à outra. A partir da semelhança das teorias, buscaram-se ações possíveis de aplicação em sala de aula que propiciassem esses desenvolvimentos de forma eficaz. Quanto às intervenções pedagógicas, foi destacado o diálogo a conversação, a argumentação e a discussão de dilemas morais como condição favorável em sala de aula. Verificou-se que a conversação apresenta o ganho de propiciar que os pensamentos dos alunos fiquem mais claros pela explicitação de suas ideias, além de enriquecer seu repertório a partir da visão alheia; a argumentação acresce, aos proveitos da conversação, a tomada de decisão, pois exige do aluno o posicionamento e uma escolha; a discussão de dilemas morais acrescenta, às intervenções anteriores, o benefício do trabalho com os valores pessoais de cada um e da exigência de uma hierarquização desses valores. Essas intervenções buscam o aumento do nível de consciência dos alunos, essencial para a formação da personalidade ética.