Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1989 |
Autor(a) principal: |
Brusantin, Rita de Cássia Vitti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/64131/tde-20231122-100758/
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Resumo: |
Os objetivos do presente estudo foram verificar a ligação da lectina de feijoeiro (Phaseolus vulgarisL.) às células de Rhizobium phaseoli, examinar alguns fatores que podem regular esta ligação e avaliar a especificidade da ligação Rhizobium phaseoli-lectina de feijoeiro. Aspectos gerais da ligação simbólica Rhizobium-leguminosa foram descritos brevemente. Numa revisão mais detalhada foi dada ênfase a ligações específicas em sistemas simbióticos Rhizobium-leguminosa como por exemplo R. japonicum-soja, R. trifolii-trevo, R. meliloti-alfafa, R. leguminosarum-ervilha e mais especificamente no sistema R. phaseoli-feijão. Proteínas extraídas da farinha cotiledonar de feijão, com água destilada e a concentração de proteínas solúveis foi determinada por um método colorimétrico. Lectinas foram isoladas do extrato através de fracionamento por cromatografia de afinidade. Estas composições proteica e lectinica foram analisadas por sistemas eletroforéticos em géis de poliacrilamida. As atividades eritroaglutinantes específicas dos extratos, bem como das lectinas isoladas foram determinadas contra eritrócitos humano e de vaca. Estirpes de R. phaseoli foram crescidas à 28°C em meio líquido levedura-manitol e o número de células durante o desenvolvimento da cultura foi determinado colorimetricamente após tratamento das células com cloreto de trifeniltetrazólio e pelo método de plaqueamento. A atividade aglutinante dos extratos de sementes e lectinas foi determinada contra suspensões dessas bactérias. A especificidade também foi avaliada através de aglutinação indireta. Vários ensaios foram feitos para avaliar os fatores que podem regular a ligação R. phaseoli-lectina de feijoeiro. Experimentos preliminares usando lectinas marcadas com 14C foram iniciados com a finalidade de obter um procedimento com maior grau de sensibilidade. O extrato, bem como a lectina isolada das sementes de todos os cultivares estudados aglutinaram eritrócitos humano e de vaca, porém a atividade específica de cada uma das amostras foi diferente. O nível de aglutinação bacteriana também diferiu entre os cultivares. Quando diferentes estirpes de R. phaseoli foram utilizadas com o mesmo cultivar de feijoeiro o nível de aglutinação também foi diferente. As lectinas extraídas dos diferentes cultivares de feijoeiro migraram durante a eletroforese com mobilidades semelhantes àquelas isolectinas da lectina comercial, fitohemaglutina (PHA). Células de R. phaseoli foram aglutinadas por extratos heterógenos, PHA e lectinas isoladas no laboratório, porém esta aglutinação foi dependente da relação entre a concentração de proteínas e das células bacterianas, bem como da idade da cultura. O pH da incubação também influenciou na ligação Rhizobium-lectina. Indicações indiretas de afinidade preferencial entre R. phaseoli estirpe CIAT 1899 e P. vulgaris cultivar Negro Argel e entre a estirpe C-05 e os cultivares Goiano Precoce e Carioca foram observadas. Os dados acima resumidos, discutidos em relação a resultados de outros pesquisadores, levaram à conclusão de que extratos proteicos contendo lectina podem aglutinar células de R. phaseoli; a detecção desta aglutinação foi fortemente dependente da fase de desenvolvimento da cultura e da relação entre a concentração de lectina e o número de células bacterianas. Houve indicações de que a ligação R. phaseoli à lectina de P. vulgaris exibe um certo grau de afinidade preferencial entre os cultivares e estirpes estudadas sendo estas diferenças quantitativas e não qualitativas. |