Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1995 |
Autor(a) principal: |
Fagiani, Cilson Cesar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11138/tde-20191218-123910/
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Resumo: |
Na região de Cunha do Estado de São Paulo, encontramos um cultivo de feijão de baixa tecnologia, porém de elevada importância econômica para a região. A cultura tem sido cultivada tanto nas áreas de baixada quanto nas áreas mais declivosas, onde os solos são predominantemente ácidos e de baixa fertilidade, com uma alta adaptabilidade da cultura às mais variadas condições climáticas e de solo encontradas nessa região. Nessas áreas, o cultivo tem sido de subsistência, pois além da produção de grãos, o feijoeiro nesses declives tem sido cultivado para enriquecimento de N do solo para a cultura subsequente, geralmente o milho. Mas, devido à não utilização de insumos básicos, tais como a adubação e calagem, a produtividade tem sido extremamente baixa. Essa baixa produção tem acarretado alta exposição do solo, com riscos reais de erosão. A recomendação de insumos nesse sistema produtivo seria um passo importante para a sua melhoria. Adubação (macro e micronutrientes), calagem e inoculação com estirpe selecionada de Rhizobium foram consideradas neste trabalho, os principais fatores que podem incrementar a produção do feijoeiro. Utilizando-se de estirpe selecionada de R. tropici (CM-255), tolerante a solos ácidos (pH 4,5) e com hidrogenase ativa (Hup+), avaliou-se em casa-de-vegetação a contribuição da inoculação dessa estirpe em variedades de feijoeiro, comerciais e de uso regional, cultivadas em solo ácido de Cunha, com ou sem uma adubação básica (sem N) ou calagem. A estirpe, geneticamente marcada para a metabolização dos substratos isopropil-B-D-tiogalactopiranosidina (IPTG) e 5-bromo-4-cloro-3-indolil-glucuronidina (X-Gluc), foi submetida a testes de eficiência simbiótica, e comparada com outras estirpes, quanto à capacidade de formar nódulos, atividade de redução de acetileno, matéria sêca e nitrogênio acumulado da parte aérea em variedades de feijoeiro provenientes de diferentes centros de origem. Avaliou-se também a capacidade competitiva da estirpe CM-255 Hup+ Gus+ em relação a uma estirpe de R. etli - CNPAF-512, inoculados numa variedade elite para nodulação - Puebla-152, cultivada em vasos previamente esterilizados, contendo vermiculita e solução nutritiva. O efeito do N-mineral na nodulação e no crescimento das plantas foi estudado nessa variedade, de origem mesoamericana, e em outras duas - Cargamanto (origem andina) e G12873 (selvagem mesoamericana). Estímulos no desenvolvimento de nódulos ocorreram a doses baixas de N (1mM) e completa inibição a partir de 6 mM, nas três variedades estudadas. Os resultados dos testes no solo demonstraram que a estirpe CM-255 Hup+ Gus+ apresentou elevada capacidade de ocupação dos sítios de infecção nodular nas raízes, em interação com cinco variedades de feijoeiro - Carioca-80, Serro Azul, Negro Argel, Jalo EEP558 e Rajadão. A adubação PKS + micronutrientes, assim como a calagem foram essenciais para um melhor estabelecimento da nodulação e fixação de N2 pela estirpe introduzida, cuja prevalência nos nódulos radiculares foi comprovada com a identificação dos nódulos azuis em presença dos substratos X-Gluc e IPTG. A variedade Serro Azul demonstrou baixa capacidade noduladora, quando associada com estirpes nativas ou mesmo com a introduzida. Carioca-80, por sua vez, associou-se melhor com as estirpes nativas e não apresentou resposta à inoculação. Jalo EEP558, mostrou-se bem nodulada, independentemente das estirpes dos nódulos serem provenientes do solo ou do inoculante. |