Hardt, Negri e a organização do desejo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Fonseca, Thiago Silva Augusto da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-11112015-133853/
Resumo: Esta pesquisa vai às obras filosóficas de Michael Hardt e Antonio Negri a fim de investigar possibilidades de organização de lutas contra o presente estado de coisas, ou seja, de lutas revolucionárias. Hardt e Negri desenvolvem o tema a partir de uma apreensão do leninismo, entendido não como fórmula de organização de um partido de vanguarda, mas como adequa-ção da composição política dos trabalhadores (forma da organização) à sua composição técni-ca (forma hegemônica da produção). Nesta chave, acompanhamos a investigação que fazem das novas formas de produção, chamadas por alguns de pós-fordistas e, por eles, recorrendo à terminologia foucaultiana, de produção biopolítica, que consiste num trabalho socializado que produz o que chamam de comum. Esse novo paradigma da produção tem por sujeito e objeto a vida, cuja principal força é o desejo. Posto isso, a questão que eles nos oferecem e que tomamos como central para nossa pesquisa é: como organizar o desejo? Seguimos sua trilha em busca dessa renovação do leninismo, a fim de compreender o que entendem por de-sejo tal que possa ser organizado, e o resultado disso, que vem a ser o conceito de multidão. A multidão, como desejo organizado, luta contra o presente estado de coisas, isto é, dentro de e contra um mercado mundial totalizante que Hardt e Negri chamam de império.