Política e polêmica na América Latina: Casa de las Américas e Mundo Nuevo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Morejón Arnaiz, Idalia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/84/84131/tde-18052023-104541/
Resumo: Esta pesquisa está centrada numa análise da polêmica entre as revistas Casa de las Américas (1960) e Mundo Nuevo (1966-1971), cujos projetos ideoestéticos se organizaram, nos anos sessenta, em torno das noções de \"engajamento\" e \"autonomia\" do literário diante do político. O enfrentamento destas revistas coloca em evidência os modos públicos e privados que ambas usaram com estratégias, com o propósito de organizar alianças e linhagens para registrar a literatura latino-americana num momento em que ela circulava amplamente e adquiria, por diversos motivos, uma centralidade dentro da tradição ocidental. Tal registro é feito por Casa em torno do eixo do \"latino-americanismo\" e do \"terceiro-mundismo\", enquanto o Mundo Nuevo o organiza em torno do eixo do \"cosmopolitismo\". Este caso particular de polarização ideoestética é abordado a partir de diferentes perspectivas: as origens institucionais, ligadas a configuração estrutural, intelectual e discursiva das revistas; a polêmica epistolar entre os diretores de Casa e Mundo Nuevo, assim como suas ramificações para outros espaços textuais e outros âmbitos geográficos; a idéia que ambas publicações têm da literatura e do papel do intelectual, através da análise dos gêneros entrevista e testemunho. Finalmente, comenta-se como, do ponto de vista teórico e crítico-literário, estas publicações se colocam diante da recepção das literaturas nacionais, do boom do novo romance e da atualização do cânone