Transferência \"in vitro\" de lípides de uma nanoemulsão artificial para a fração HDL de pacientes com diabetes mellitus tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Seydell, Talita de Mattos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-04042008-155521/
Resumo: O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) constitui um dos mais importantes problemas de saúde pública no mundo. A alta concentração plasmática de triglicérides e a baixa concentração do HDL-C são as principais alterações lipídicas no DM2. A hipertrigliceridemia, além de outros fatores, pode alterar a composição das lipoproteínas, ocasionando alterações funcionais das partículas. O efeito antiaterogênico da HDL se dá, sobretudo, devido à sua ação de promover o Transporte Reverso do Colesterol, sendo a troca lipídica entre as lipoproteínas uma das etapas desse processo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o tamanho da partícula de HDL e sua capacidade em receber seus lípides constituintes de outras lipoproteínas. O método é baseado na troca lipídica ocorrida entre uma nanoemulsão artificial (LDE) marcada radioativamente com 14C-CL e 3H-TG ou 14CFL e 3H-CE que se assemelha à estrutura lipídica da LDL, usada como doador de lipídeos. Neste trabalho foram estudados 45 pacientes diabéticos (53±7 anos) e 45 indivíduos sem a doença (55±8 anos), como grupo controle. As taxas de transferência de colesterol livre e fosfolípides para a HDL foram maiores no grupo dos pacientes diabéticos quando comparados com o grupo controle (CL= 7,1±1,7 e 6,4±1,4%, p=0,0400; FL= 23,6±2,4 e 19,3±3,3%, p<0,0001, respectivamente). No entanto, não houve diferença na transferência de éster de colesterol e triglicérides entre os pacientes diabéticos e indivíduos controles. O tamanho da partícula de HDL também não foi diferente entre os grupos. As transferências de éster de colesterol, triglicérides e colesterol livre correlacionaram-se positivamente. Houve também correlação positiva entre a concentração plasmática do colesterol total e LDL-C com a taxa de transferência de triglicérides e entre a concentração plasmática da apoAI com a taxa de transferência de éster de colesterol e de colesterol livre. Em virtude da partícula de HDL ter importante papel antiaterogênico, a maior transferência de FL e CL para a HDL no DM2, podem ser relevantes para estabelecer mecanismos antiaterogêncios associados a alterações na lipoproteína relacionados com o DM2.