Metabolismo dos quilomícrons e capacidade da lipoproteína de alta densidade (HDL) de receber lípides na síndrome metabólica e no diabetes mellitus tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Silva, Vanessa Monteiro da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-04042008-155832/
Resumo: O principal distúrbio metabólico decorrente do Diabetes mellitus tipo 2 e da Síndrome Metabólica corresponde a alterações no metabolismo lipídico. Portanto, torna-se importante a melhor compreensão de alguns aspectos do metabolismo de lipoproteínas plasmáticas. Nesse sentido, a avaliação do metabolismo dos quilomícrons e da transferência de lípides de lipoproteínas plasmáticas para a lipoproteína de alta densidade (HDL), pode fornecer informações importantes relacionadas com o processo aterogênico. No presente estudo, foram estudados 15 indivíduos portadores de Diabetes mellitus tipo 2, 15 indivíduos com Síndrome Metabólica e 14 controles normolipidêmicos. Foi avaliada a cinética plasmática de uma nanoemulsão lipídica artificial com comportamento metabólico similar ao dos quilomícrons naturais, marcada com triglicérides (TG-3H) e éster de colesterol (EC-14C) radioativos. A nanoemulsão de quilomícrons artificiais foi injetada endovenosamente e amostras de sangue foram coletadas durante intervalos préestabelecidos. As curvas de decaimento plasmático dos lípides radioativos da nanoemulsão foram traçadas e as taxas fracionais de remoção (TFR) foram calculadas por análise compartimental. Para avaliação da transferência de lípides foi utilizada uma nanoemulsão semelhante a LDL (LDE) marcada com TG-3H e colesterol livre-14C (CL-14C) ou fosfolípides-14C (PL-14C) e EC-3H, como doadora de lípides para a HDL. Após incubação in vitro da LDE com o plasma, seguiu-se a precipitação das lipoproteínas que contem apolipoproteína B, restando no sobrenadante apenas a HDL. As taxas de transferência de lípides foram expressas em % de radioatividade encontrada no sobrenadante. Também foi determinado o diâmetro da HDL por espalhamento de luz. A TFR-EC dos grupos DM2 (p <0,05) e SM (p <0,01) comparado ao grupo controle apresentou-se diminuída, enquanto que as TFR-TG foram similares nos três grupos. Houve maior transferência de fosfolípides e colesterol nos grupos DM2 e SM comparando-se com grupo controle (p<0,001) A transferência de triglicérides e de éster de colesterol não diferiu entre os grupos. Não observou-se diferença no diâmetro da HDL nos três grupos. Concluindo, nossos resultados sugerem que a remoção plasmática dos remanescentes de quilomícrons encontra-se alterada em pacientes com SM e com DM2. Além disso, a transferência de lípides presentes na superfície das lipoproteínas para a HDL encontra-se aumentada nesses dois distúrbios metabólicos. Essas alterações podem contribuir com a maior incidência de aterosclerose nesses pacientes.