Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Cerávolo, Ana Lúcia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18142/tde-04052011-151700/
|
Resumo: |
Mais de setenta anos após a criação do SPHAN, um conjunto significativo de experiências e reflexões permite verificar a constituição de um campo cultural próprio de intervenção arquitetônica em bens patrimoniais. As interlocuções entre Brasil, Europa e América latina ajudam a compreender a integração do país no cenário internacional. Nesse sentido, pode-se localizar o SPHAN como vanguarda nos debates sobre a preservação até a década de 1950, ao invés de um caso singular no contexto do movimento moderno, como vem sendo interpretado. As análises entre preservação e modernidade oferecem novas perspectivas à visão corrente e senso comum de que a arquitetura e o urbanismo moderno, e, em particular, a Carta de Atenas, formulada a partir do IV CIAM (1933), estão fundados num radical anti-historicismo e propõem a \"tábula rasa\" como único método de intervenção urbana. A análise da atuação de profissionais de diversas nacionalidades, sobretudo vinculados à arquitetura e urbanismo moderno, desde os anos 1930 até a redação da Carta de Veneza, em 1964, permite evidenciar a contribuição fundamental do modernismo para o aprofundamento e atualização das teorias e tendências no campo da preservação e intervenções no século XX. Como estudo de caso dessas dinâmicas, dois projetos, realizados em Salvador, Bahia, foram selecionados: o restauro e adaptação do Convento de Santa Teresa para instalação do Museu de Arte Sacra da Bahia, projeto de Wladimir Alves de Souza e Geraldo Câmara (1957-9), e a restauração e adequação do Solar do Unhão para abrigar o Museu de Arte Moderna da Bahia, sob responsabilidade de Lina Bo Bardi (1961-3). Por meio deles é possível explicitar os novos problemas do patrimônio nas décadas seguintes, assim como acompanhar as alterações que se processaram nessa área no Brasil, entre o final da década de 1950 e o início dos anos 1960. As novas posturas de intervenção sobre os bens patrimoniais, em particular a introdução dos princípios da \"restauração crítica\" no país, fazem parte desse processo de transformação, que também envolve a atuação de profissionais não vinculados organicamente ao SPHAN e a participação mais ativa de entidades como o IAB e a UNESCO, além da criação de novas instituições com incidência na área como ICOMOS (1964), EMBRATUR (1966), entre outras. A análise histórica e a avaliação mais precisa do período estudado visam a contribuir para a melhor compreensão das teorias e práticas em torno do restauro e da intervenção no patrimônio cultural, cada vez mais relevante na formação e no exercício profissional de arquitetos e urbanistas. |