Avaliação do comportamento mecânico dos músculos do quadril em amputados transfemorais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Skau, Jeronimo Rafael
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-23112006-104002/
Resumo: Introdução: O amputado transfemoral apresenta alterações anatômicas e funcionais importantes que se manifestam na marcha e nas atividades diárias. Apesar do lado envolvido na amputação apresentar menor força, não se sabe ao certo se há alguma posição angular ou velocidade angular específica em que isso ocorre, o tipo de contração muscular mais acometido e, além disso, se o lado não envolvido na amputação, também, possui variações da força muscular. Objetivos: Avaliar o torque e trabalho nos músculos do quadril através da dinamometria isocinética nos amputados transfemorais, em contrações isométricas, concêntricas e excêntricas dos músculos do quadril dos amputados transfemorais e comparar estes valores com o lado não envolvido pela amputação e grupo controle. Casuística e Método: A característica do estudo é do tipo transversal, no qual 23 sujeitos do sexo masculino, sedentários, foram divididos em dois grupos. O grupo controle foi constituído de 13 sujeitos com média de idade de 27,2 ± 7,6 anos, massa corporal de 69,7 ± 9,9 kg, e estatura de 1,74 ± 0,05 m. O grupo de amputados foi constituído de 10 (dez) sujeitos amputados transfemorais, com 37,7 ± 12,5 anos de idade, massa corporal de 63,9 ± 7,5 kg e estatura média de 1,70 ± 0,09 m. O dinamômetro isocinético Biodex modelo System 3 Pro foi utilizado para as coletas dos dados isométricos e dos movimentos isocinéticos, tanto para contração muscular concêntrica quanto para contração excêntrica. As posições angulares foram de 0º,10º, 20º e 30 º de abdução do quadril, para os grupos adutores e abdutores, e 0º, 30º, 60º e 90º para os grupos flexores e extensores. As contrações concêntricas e excêntricas foram avaliadas nas velocidades angulares de 30º/s, 90º/s e 150º/s. Resultados: O grupo amputado apresentou reduções significativas do torque e trabalho no lado envolvido nas contrações isométricas, principalmente nas posições de maior grau de alongamento muscular. Os achados das contrações concêntricas e excêntricas mostraram que o lado envolvido e não envolvido têm menores torque que o grupo controle, principalmente em maior velocidade. O grupo adutor do quadril tem importante diminuição de força em ambos os lados no amputado. Interessantemente, o torque e trabalho dos músculos extensores do quadril, nos amputados, em ambos os lados, foram maiores que o grupo controle, o que indicar uma adaptação dos músculos ao uso da prótese. A variável trabalho pode ser importante para revelar as condições musculares desta população. Conclusão: Os achados do presente estudo mostraram que os amputados transfemorais têm alterações no torque e trabalho mecânico gerados pelos músculos do quadril, no lado envolvido e não envolvido, dependendo da velocidade angular e da posição da articulação.