Panorama da Atenção em Saúde Bucal no Sistema Único de Saúde do Estado de São Paulo de 1995 a 2003

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Soares, Maria da Candelária
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-04112021-205622/
Resumo: A Constituição Brasileira de 1988 reconhece como inerente à condição do ser humano o direito à saúde e, portanto, à saúde bucal, que é parte indissociável da saúde geral, criando, para a realização desse direito, o Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, objetivou-se analisar como esse direito, no que tange à saúde bucal, foi realizado no Estado de São Paulo no período de 1995 a 2003. Foram utilizados indicadores obtidos a partir de dados de produção do Sistema de Informação Ambulatorial do SUS, dados informados por 520 municípios em resposta a questionário encaminhado aos 645 municípios do estado, analisados segundo porte de município e área de abrangência das Direções Regionais de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Indicadores de qualidade foram obtidos por meio de dados disponibilizados pelo Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde e dados oficiais de pesquisas epidemiológicas. Observou-se nesse período uma ampliação dos procedimentos odontológicos da atenção básica em relação ao total de procedimentos básicos e um índice médio de 0,65 procedimento individual básico por habitante. Os procedimentos especializados representaram em média 5,59% do total de procedimentos odontológicos, e um índice de 0,04 procedimento por habitante. Os índices foram mais desfavoráveis nos municípios e regiões de maior densidade populacional. Segundo dados da pesquisa, aproximadamente 30% dos municípios não universalizaram a assistência odontológica. A relação cirurgião-dentista (CD) por habitante variou, do menor para o maior porte, de lCD:1.003 para 1 CD:8.548; a média do estado foi de lCD:3.552 habitantes. 95% da população tem acesso à água tratada e fluoretada e o índice CPO-D, aos 12 anos, foi de 2,75 em 2002. Apesar da evolução observada no período, é necessário ainda um esforço dos três níveis de gestão do SUS, com a necessária participação da sociedade, para que o direito constitucional de acesso integral às ações e serviços de saúde bucal se efetive para o conjunto da população residente no Estado de São Paulo.