Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Panosso, Paula Schiavolin |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-30042014-110256/
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Resumo: |
A mancha preta dos citros (MPC) é causada pelo fungo Phyllosticta citricarpa e está entre as principais doenças citrícolas do Brasil. Esse fungo provoca lesões superficiais e queda precoce dos frutos. Essas lesões não comprometem a qualidade interna do fruto, porém limita a comercialização no mercado brasileiro de frutos e impede que o Brasil seja exportador do produto in-natura devido à presença dos sintomas. A MPC é uma doença quarentenária A1 na União Europeia (UE) por não estar presente em seus países membros. Essa é a principal razão pela qual o Brasil, embora seja o maior produtor mundial de frutos e suco, não apareça no topo dos países exportadores. O principal controle utilizado para a doença é o controle químico associado a práticas culturais. Os principais fungicidas utilizados são os cúpricos, os benzimidazóis e a mistura de estrobilurinas e triazóis. Porém, em 2012 os benzimidazóis foram retirados da lista de produtos permitidos em pomares com frutos destinados ao mercado externo. Nesse contexto, os produtores se veem com uma opção a menos para o controle da doença no campo. Sabe-se que o beneficiamento em packinghouse é um método de controle dos frutos em pós-colheita, porém a eficiência desse processo nunca foi avaliada. Por essa razão, este trabalho teve por objetivo avaliar a eficiência do processo de beneficiamento em packinghouse na redução de incidência de frutos com MPC. Para isso, foi avaliado quinzenalmente, no período de abril de 2012 a maio de 2013 a incidência e a severidade de MPC nos frutos antes a após o beneficiamento pelo packinghouse. Para a avaliação da severidade foi utilizada a escala diagramática. A redução da incidência no lote chegou a 53,3 %, enquanto que a redução da severidade no lote chegou a 68 %. Foi observado que grande parte dos frutos se agrupa em intervalos baixos de severidade, entre 0,5 a 1,7 %. A eficiência do packinghouse aumenta com o incremento na classe de severidade, por exemplo, a redução da MPC é de 100 % em casos em que a severidade dos frutos é maior que 11,6 %. Os frutos com baixa severidade são dificilmente detectados e não são retirados da linha de beneficiamento, já que o packinghouse tem seus frutos destinados ao mercado interno e menos exigentes na questão fitossanitária. A quantificação de picnídios em lesões novas de mancha sardenta foi realizada em frutos que já apresentavam sintomas da doença. Os frutos foram mantidos em recipientes plásticos, a temperatura de 25 ? C sob luz constante, o acompanhamento era feito a cada dois dias. Foi verificado que o aparecimento de picnídios ocorre de 2 a 18 dias após o aparecimento da lesão e não foi verificado um padrão de produção dos picnídios em manchas sardentas. O efeito da aplicação de cera de carnaúba e fungicida imazalil nos sintomas pós-colheita foi realizado em frutos com três tratamentos, (1) cera de carnaúba, (2) cera de carnaúba + imazalil e (3) controle. Os frutos foram mantidos em recipientes plásticos, a temperatura de 25 ? C sob luz constante, a avaliação era feita a cada quatro dias. Foi verificado que a taxa de progresso da doença foi crescente para os tratamentos (1) cera de carnaúba + imazalil, (2) cera de carnaúba e (3) controle. As taxas diferiram estatisticamente pelo teste-t a 5 % de probabilidade. |