Controle de plantas daninhas em cana-de-açúcar com herbicidas aplicados na época seca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Chiovato, Marcell Godoi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-09092009-163135/
Resumo: A cultura da cana-de-açúcar produzida em larga escala demanda grandes quantidades de produtos químicos para o controle de plantas daninhas, contudo para o uso correto dos herbicidas deve-se levar em consideração o estádio de desenvolvimento da comunidade infestante, bem como as condições climáticas e os fatores ligados ao solo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o controle de cinco espécies de plantas daninhas e a fitotoxicidade na cana-de-açúcar, submetidas ao uso de herbicidas aplicados em condições de pré e em pós-emergência inicial, tanto das plantas daninhas quanto da cultura. Os herbicidas amicarbazone e isoxaflutole foram aplicados, nas doses de: 0D; 1/64D; 1/32D; 1/16D; 1/8D; 1/4D; 1/2D; 1D e 2D, sendo D a dose recomendada comercialmente para cada herbicida, em cinco espécies de plantas daninhas: Euphorbia heterophylla L., Sida rhombifolia L., Brachiaria decumbens Stapf, Digitaria horizontalis Willd e Panicum maximum Jacq., as quais foram avaliadas em casa-de-vegetação. Os mesmos herbicidas foram avaliados em campo de produção comercial de cana-de-açúcar, com exceção do P. maximum, porém nas doses de 1/2D, 1D, 2D e a associação de amicarbazone + isoxaflutole (1/2D + D). A dose comercial utilizada para o herbicida amicarbazone foi de 1.050 g i.a.ha-1 e de 75 g i.a.ha-1 (casa-de-vegetação) e de 112,5 g i.a.ha-1 (campo) para o isoxaflutole. A espécie de E. heterophylla foi mais suscetível ao herbicida amicarbazone, enquanto que o isoxaflutole necessitou de doses elevadas para atingir níveis adequados de controle, tanto na casa-de-vegetação quanto no campo. S. rhombifolia foi altamente suscetível para ambos os herbicidas em condições controladas até aos 60 DAA, porém no campo apenas a dose 2D para cada herbicida foi o suficiente para impedir o surgimento de novos fluxos de emergência da espécie infestante aos 150 DAA. As espécies gramíneas de B. decumbens e D. horizontalis, foram mais suscetíveis em pós-emergência para o herbicida amicarbazone em casa-devegetação, porém em pré-emergência foram mais suscetíveis para o isoxaflutole. Para a aplicação em pré-emergência no campo, a espécie de B. decumbens foi suscetível para cada herbicida aplicado de forma isolada na maior dose, enquanto que em pós-emergência não atingiu efeito satisfatório de B. decumbens para nenhum dos herbicidas aplicados. A espécie de D. horizontalis foi pouco suscetível para o herbicida amicarbazone em pré-emergência no campo, ao contrário do que ocorreu para o herbicida isoxaflutole. Para P. maximum o isoxaflutole foi mais eficiente do que o amicarbazone com apenas 1/4 da dose recomendada. Ambos herbicidas foram seletivos para as plantas de cana-deaçúcar em todos os tratamentos, apenas com sintomas de fitotoxicidade nas avaliações iniciais, não interferindo na produtividade agrícola da cana-de-açúcar para as aplicações em pré-emergência da cultura. Entretanto em pós-emergência, a maior dose do herbicida amicarbazone provocou redução na produtividade da cana-de-açúcar.