Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Josué Pires de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96132/tde-09052017-163806/
|
Resumo: |
O café se apresenta como uma commodity de grande impacto na produção agrícola e pauta de exportação do Brasil, sendo os Estados de Minas Gerais e São Paulo importantes neste contexto. Entretanto, apesar de o Brasil ser referência mundial na produção de cafés, no que se refere à produção de café especial e de maior valor agregado, ainda se constitui em um grande desafio sua aceitação plena nos principais mercados consumidores. Neste contexto, a adoção de Indicação Geográfica (IGs), se apresenta como um importante indicador para que uma região seja reconhecida formalmente na condição de produtora de cafés diferenciados. Assim, considera-se que a participação do Estado e demais atores envolvidos são fundamentais neste processo. Parte-se para a compreensão de tal fenômeno, pelo enfoque da teoria institucional, considerando o papel de todos os stakeholders bem como os indutores de isomorfismo atuantes no campo organizacional. Neste sentido, o estudo visou a estudar empiricamente essas relações. Para isso, foram realizadas entrevistas em profundidade, análise documental e observação, com os diversos seguimentos dos agentes presentes no campo, e, em especial, em três regiões cafeeiras, quais sejam: Noroeste de Minas e Matas de Minas, no Estado de Minas Gerais e a Alta Mogiana no Estado de São Paulo. As três regiões foram escolhidas por serem as mais representativas e convenientes para o universo de cafés especiais brasileiros e seu elevado grau relativo de desenvolvimento institucional, sendo que duas (Noroeste de Minas e Alta Mogiana) já possuem Indicação Geográfica (IGs) e a terceira (Matas de Minas) está em processo de adoção. Os resultados da pesquisa indicam a experiência longeva da atividade produtiva no Brasil, onde se manifesta a institucionalização de um campo organizacional, como variável fundamental para o aperfeiçoamento do mercado de cafés para uma realidade econômica atual que privilegia qualidade e experiências de consumo diferenciados. O universo dos cafés especiais é, portanto, o locus da construção e desenvolvimento de uma cultura mais do que a mera produção e consumo de uma commodity |