Bioecologia e determinação do nível de controle de Selenaspidus articulatus (Morgan, 1889) (Hemiptera: Diaspididae) em citros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Marin Loayza, Rosmarina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20200111-144719/
Resumo: O objetivo da pesquisa foi avaliar o desenvolvimento de Selenaspidus articulatus (Morgan, 1889) em diferentes temperaturas e umidades relativas do ar, para definir áreas, no Estado de São Paulo, nas quais esta praga tenha maior possibilidade de aumentar o seu nível populacional, e, conseqüentemente causar maiores prejuízos. Paralelamente, foi conduzido um estudo correlacionando a área foliar danificada pela praga e a atividade fotossintética, para definir o nível de controle da praga. Concluiu-se que a faixa de desenvolvimento de S. articulatus situou-se entre 18 e 28°C, e, que não ocorreu desenvolvimento a 32°C. A maior fecundidade desta praga ocorreu entre 25 e 28°C, sendo que o ritmo de postura, nas melhores condições, foi crescente até os 60 dias. As maiores longevidades de fêmeas foram obtidas a 18°C, sendo semelhantes nas demais condições térmicas. Por outro lado, os machos viveram poucas horas, com maior longevidade a 25 e 28°C. Nestas duas temperaturas, através de tabela de vida de fertilidade, ocorreram as maiores taxas líquidas de reprodução (Ro) e razão finita de aumento (λ). Em função das exigências térmicas, S. articulatus pode apresentar de 6,4 a 9,8 gerações anuais nas principais áreas citrícolas de São Paulo (Barretos, Araraquara, Limeira, São José do Rio Preto e Bebedouro). A maior fecundidade de S. articulatus ocorreu na faixa de UR de 50 - 70%. A umidade relativa mais adequada para S. articulatus é a de 70%, pois nesta condição ocorreu maior fecundidade e obteve-se a maior taxa líquida de reprodução (Ro) e razão finita de aumento (λ). Umidades relativas mais baixas dificultaram a fixação de ninfas móveis de S. articulatus, sendo que no 1º ínstar é crítico, pois foi onde ocorreu maior mortalidade, independente da temperatura ou da UR. Na fase imatura, as fêmeas de S. articulatus têm 2 ínstares (uma fase móvel e um ínstar fixo) e o macho 4 estágios (uma fase móvel e três ínstares fixos). S. articulatus apresentou preferência por folhas novas de Citrus limonia para fixação. A variedade 'Hamlin' foi a preferida pela cochonilha pardinha, quando comparada com Pera, Natal e Valência e com a espécie Citrullus silvestris, o qual é considerado hospedeiro adequado para criação de S. articulatus, por proporcionar boa viabilidade do inseto e pelo fato do seu fruto apresentar alta durabilidade. Após a fixação, os danos causados pela cochonilha são irreversíveis. O nível de controle de S. articulatus foi de 30 cochonilhas por folha, o correspondente a 7% de severidade, com base na taxa fotossintética, condutância estomática e taxa de transpiração.