Rede territorial do movimento Hizmet pelo mundo: a guerra cultural como ferramenta de análise geopolítica.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Cunha, Lucas Muzio Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-17102024-115515/
Resumo: O presente trabalho traz o uso da categoria de Guerras Culturais como ferramenta de análise geopolítica. Tal uso mostrará que as relações de poder explícitas e implícitas carecem de profundidade analítica que pode ser construída através da materialização de ações e discursos que se transformam em fluxos e fixos, em redes e territorializações que em grande parte das vezes ocorrem junto a conflitos que precedem de características políticas, ideológicas, religiosas, linguísticas ou originárias (ancestrais) distintas e sem um diálogo ou negociações que impeçam as relações conflituosas. A partir dessas relações que se estabelecem mediantes jogos de poder em múltiplas escalas e por agentes diversos, como o Estado ou grupos privados, surgiu a análise de um movimento mundial que começou na Turquia, o Hizmet. O movimento que tem Fethullah Gulen como líder, obtém apoio do mundo ocidental e conta com um pensamento Kemalista, antigamente aliados do atual líder da Turquia, o presidente Recep T. Erdogan. Atualmente o grupo faz oposição ao governo que é visto como autoritário, mas sofre perseguições políticas dentro e fora da Turquia, levando o presidente turco a colocá-los nas pautas de negociações internacionais e a julgar membros do grupo como terroristas, algo negado por diversos países, incluindo o Brasil. Em meio a essa guerra cultural Hizmet versus Erdogan, o grupo, que tem uma rede financeira, política e cultural desenvolvida a nível mundial e com grande relevância no EUA e na Alemanha, sofre uma diáspora na Turquia e em muitos países onde eles se territorializavam e justificavam suas redes por meio de escolas, universidades e centros culturais