Prevalência de cárie e fluorose dentária em escolares do município de Ibiporã-PR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Provenzano, Maria Gisette Arias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25133/tde-23062009-102228/
Resumo: O objetivo deste trabalho foi estudar a prevalência e severidade da cárie e da fluorose dentária respectivamente através dos índices CPO-D, CPO-S, índice de Dean (ID) e de Thylstrup e Fejerskov (ITF). A amostra foi composta por 737 escolares com 12 anos de idade, pertencentes à rede privada e pública do município de Ibiporã-PR. Esta comunidade tem a água de abastecimento fluoretada há mais de trinta anos e numa concentração média de 0,8 ppm F. Os exames foram feitos por dois profissionais trabalhando juntos, com as crianças de frente à uma janela, sob luz natural. Foram examinadas as superfícies vestibular e oclusal de todos os dentes permanentes para o ITF e, os dois dentes mais afetados para o ID, porém registrando aquele menos afetado como o índice da criança. Dez por cento da amostra foi reexaminada, tendo-se obtido um índice Kappa de 1,0 para o CPO-D e CPO-S, 0,94 para o ID e, 0,81 para ITF. O CPO-D encontrado nos escolares foi de 1,93 ± 2,05 e CPO-S de 2,87 ± 3,34. A prevalência da fluorose dentária em todos os escolares foi de 49,39%, com 53,6% de dentes afetados, sem diferença significante entre as escolas (p=0,979). As formas brandas da fluorose predominaram, 32% no ITF=1 e 15% no ITF=2. A distribuição da cárie nos dois tipos institucionais revelou um CPO-D de 1,32 ± 0,25 (p=0,001) para as escolas privadas e 1,99 ± 0,79 para as escolas públicas e o CPO-S de 1,99 ± 0,40 e 2,94 ± 0,13 (p=0,001), respectivamente. A distribuição da fluorose (ITF) foi praticamente igual nas escolas privadas (49,2%) e públicas (49,4%). O sexo não teve uma influência marcante na prevalência de cárie e na fluorose dentária. Os escolares que residiam há menos de 10 anos no município tiveram um CPOS maior (3,37 ± 0,28) do que aqueles que residiram por mais tempo (2,7 ± 0,14), com diferença significativa (p=0,043). Já para a fluorose dentária, o fator tempo não mostrou diferença significativa entre os escolares. Somente a menor proporção da amostra estudada apresentou uma situação de saúdebucal ideal e o flúor apesar da sua ação benéfica, ao qual a população foi exposta não impediu a ocorrência da cárie e nem evitou a fluorose dentária. O estudo constatou uma correlação negativa significante (p=0,044) entre o CPO-D e o ID. A meta da OMS para o ano de 2000 foi atingida, entretanto, destaca-se a alta freqüência de fluorose dentária, sendo necessário investigar nesta população, quais são os fatores de risco presentes, para que medidas preventivas possam ser planejadas e adequadas.