Evidências de validade dos gráficos de monitorização do treino como forma de rastrear indicadores de estresse em atletas de futebol americano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Tasinafo Júnior, Márcio Fernando
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/109/109131/tde-11112024-150249/
Resumo: O futebol americano é um esporte de contato físico intenso, caracterizado por episódios intermitentes de atividades de alta intensidade. Monitorar o estresse do treino é essencial para otimizar o rendimento esportivo. Os Gráficos de Monitorização do Treino (GMT) são um instrumento multifatorial composto por itens comportamentais, fisiológicos e psicológicos, projetado para monitorar indicadores de estresse. No entanto, a validade dessa ferramenta em atletas brasileiros de futebol americano (FABR) ainda não foi estabelecida. Este estudo teve como objetivo investigar as evidências de validade do GMT para monitorar indicadores de estresse em atletas de FABR. Foram avaliados 38 atletas submetidos a medidas antropométricas iniciais e medidas pré e pós competição, incluindo respostas aos GMT, ao questionário Daily Analysis of Life Demands for Athletes (DALDA), escala de percepção subjetiva de esforço pós-treino (sRPE-TL) e testes de desempenho motor. Para verificar a validade baseada na estrutura interna do instrumento, foi realizada uma análise fatorial exploratória e calculado o Alfa de Cronbach. A validade concorrente foi analisada relacionando os itens do GMT com o DALDA, sRPE-T semanal, monotonia e strain. A sensibilidade dos itens do GMT foi avaliada através de equações estimadas generalizadas (GEE) e modelos mistos generalizados (GMM) durante sete dias antes e sete dias após a competição. Comparações pré e pós competição foram realizadas utilizando o test t student ou testes de Wilcoxon para os demais instrumentos. A análise fatorial exploratória identificou dois fatores com índices de ajuste adequados, e o Alfa de Cronbach indicou consistência interna aceitável. Na análise de validade concorrente para o 7° dia (pré competição), apenas \"horas de sono\" apresentou correlações significativas com o DALDA e sRPE-TL. Para o 14° dia (pós competição), itens como \"disposição competitiva\" e \"dor muscular\" mostraram associações significativas, reforçando a utilidade dos GMT. A análise de sensibilidade mostrou um efeito principal da sRPE-TL apenas para \"dor muscular\" no período pré-competição. No período pós-competição, houve efeitos principais do dia para \"disposição para o treinamento\", \"dor muscular\" e \"soma dos escores\"; efeito do grupo para \"dor muscular\"; e \"efeito da interação para qualidade do sono\", \"disposição competitiva\", \"dor muscular\" e \"soma dos escores\", indicando maior estresse próximo a competição. Comparações entre pré e pós competição não encontraram diferenças significativas para sRPE-TL, monotonia e strain. Três de nove comparações do DALDA indicaram maior estresse no dia 7 em comparação ao dia 14. Os itens dos GMT demonstraram uma estrutura fatorial robusta, consistência interna adequada, validade concorrente relevante e sensibilidade às variações ao longo do tempo, especialmente em períodos pós-competição. Esses resultados sugerem que os GMT são uma ferramenta válida e confiável para monitorar indicadores de estresse em atletas de FABR. Futuras pesquisas devem continuar a explorar e refinar os GMT, garantindo sua aplicabilidade e eficácia em diferentes contextos esportivos, contribuindo para a melhoria do desempenho e bem-estar dos atletas.