Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Viviane Ventura Gaspar da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-13122017-084219/
|
Resumo: |
Nas últimas décadas, novas demandas e ideologias sobre a relação homem-trabalho transformaram os sentidos atribuídos ao trabalho e as formas de concebê-lo. Essas transformações redefinem o lugar desta importante atividade na sociedade e trazem a necessidade do reposicionamento do conceito de carreira e do desenvolvimento de teorias que discutem o papel do trabalhador nesse cenário. É possível identificar uma mudança no posicionamento atribuído ao trabalhador, de uma postura passiva para uma postura de agente. As críticas quanto à hegemonia dos modelos emergentes de carreira são direcionadas, de forma mais emblemática, ao papel atribuído ao indivíduo como agente de sua carreira considerando que o exercício da autonomia e da mobilidade é possível ou favorecido por suas habilidades, formações e qualificações. Em suma, esses modelos parecem desconsiderar que outros fatores como classe social, gênero e etnia podem ser limitadores desse papel de agente do indivíduo sobre sua carreira e marginaliza minorias, como mulheres, desempregados ou trabalhadores com pouca qualificação. Entre as questões que se abrigam neste hiato entre o discurso hegemônico sobre carreira e as críticas teóricas e empíricas sobre esses modelos, chama a atenção a relação entre a compreensão de carreira do indivíduo e o papel atribuído ao trabalhador com o processo de socialização, que forja a compreensão de mundo e de si mesmo. A presente dissertação tem como objetivo a investigação da relação de classe econômica e aspectos do contexto social com modelos de carreira de entrantes no mercado de trabalho. O estudo é empírico, de abordagem de dado de diferença qualitativa e frequência (quantitativa) e o procedimento técnico é por levantamento. A coleta de dados foi realizada através de uma survey eletrônica que teve como base o Critério Brasil para classificação econômica, um questionário sobre práticas culturais e o TST para identificação e análise dos modelos de carreira. A população estudada é não probabilística e intencional e formada por 150 jovens. A análise estatística descritiva foi realizada através de medidas resumo usuais, tais como média e desvio padrão (DP), mediana e mínimo (mín) e máximo (máx) para variáveis quantitativas e frequência absoluta e relativa para as variáveis categóricas. Na análise bivariada, foram utilizado o teste de Anderson-Darling (Anderson e Darling, 1954) e testes paramétricos (teste t, ANOVA e correlação de Pearson) e testes não paramétricos (Mann-Witney, Levene, Kruskal-Wallis, Tukey não paramétrico e correlação de Spearman). Para analisar o escore de carreira versus as variáveis socioeconômicas conjuntamente foi utilizado um modelo de regressão linear múltipla. O software utilizado para análises foi o R 3.1.2. e o nível de significância adotado nas análises foi de 0,05. Os resultados obtidos não apresentaram correlação significativa para classe econômica e modelos de carreira, apesar de ter uma tendência aos modelos tradicionais nas classes B e C. Também não foi identificada correlação para a maioria das variáveis quantitativas e qualitativas, exceto para as variáveis: estado civil - casado, cor preta e programa favorito - novela que se mostraram significativas estatisticamente para o modelo emergente de carreira e a variável, principal motivo para acessar a internet - enviar e-mails, significativa para o modelo tradicional. Identificando-se a necessidade de aprofundamento e o vasto espaço de pesquisa aqui demonstrado, espera-se que esse estudo sirva como convite aos pesquisadores para desenvolverem novos estudos empíricos sobre socialização e carreira, em geral, e carreira e seus impactos sobre gestão de pessoas nas organizações brasileiras |