Gestão da farmácia hospitalar e a percepção dos sujeitos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Pereira, Laura Martins Valdevite
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-20072016-115830/
Resumo: A prática de medicação em uma organização hospitalar pode ser vista como um sistema definido como uma combinação de processos interdependentes, envolvendo a prescrição, dispensação e administração dos medicamentos. O serviço de farmácia, preocupa-se com os resultados da assistência prestada aos pacientes, em conjunto com os demais profissionais de saúde. Além de, executar ações de farmácia clínica e atenção farmacêutica, a farmácia deve garantir que os medicamentos sejam adquiridos, distribuídos e dispensados aos pacientes de forma eficiente, assumindo um papel central nos sistemas de medicação. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar a percepção dos farmacêuticos quanto à eficiência dos processos envolvidos em ciclo de assistência farmacêutica. Para isso, foi realizado um estudo descritivo, que consistiu inicialmente na avaliação da implantação do modelo de gestão por processos no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. A série histórica do indicador da taxa de falta de medicamentos correspondente ao período de março de 2004 a dezembro de 2013 foi avaliada pelo ajuste de um modelo de regressão Bayesiano para dados em série, com base na distribuição normal, e um ponto de mudança. O modelo estatístico detectou um ponto de mudança no 10º mês a partir do mês de novembro de 2005, quando foi implantado o modelo de gestão por processos na farmácia. Porém, esse foi o único ponto de mudança detectado. Posteriormente, foi aplicado um questionário aos farmacêuticos, o qual foi divido em três partes: a primeira relacionou-se a características pessoais do farmacêutico; a segunda consistiu em uma escala de frequência verbal ou de avaliação de frequência para verificar as atividades atualmente desenvolvidas pelos farmacêuticos; e a terceira foi composta por questões, com escala de resposta do tipo Likert para verificar o nível de satisfação dos farmacêuticos e a sua percepção quanto à eficiência administrativa da farmácia. Os resultados foram analisados pelo teste exato de Fisher. Apenas 7 (30%) farmacêuticos consideraram eficientes os processos da farmácia em estudo. Doze farmacêuticos disseram estar satisfeitos com a sua participação nas atividades desenvolvidas na farmácia, sendo que a supervisão do trabalho dos auxiliares farmacêuticos associou-se com esse nível de satisfação (valor-p = 0,0226). O teste estatístico indicou associação entre a percepção de ineficiência e as atividades administrativas (valor-p = 0,0021), e entre atividades relacionadas ao atendimento e avaliação da prescrição médica (valor-p = 0,0443). Porém, a percepção de eficiência e o nível de satisfação com as atividades desenvolvidas parecem não estar associados (valor-p = 0,0584). Os resultados deste trabalho mostram que é necessário rever as atividades essenciais da farmácia hospitalar. A inclusão do farmacêutico e sua participação de forma ativa nas comissões hospitalares, principalmente a Comissão de Farmácia e Terapêutica, associadas à expansão da farmácia clínica, pode ser uma forma eficiente de controle de tecnologia no âmbito hospitalar