Uma análise do filme Loucura Ordinária de uma Filha de Cam, de Jean Rouch

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Fúncia, Luana Gonçalves Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-23022024-135151/
Resumo: Trata-se de uma análise fílmica de Loucura Ordinária de uma Filha de Cam (1987), de Jean Rouch, acrescida de considerações teóricas que possibilitam enriquecer a compreensão do filme. Uma das questões que emergem é o tema da loucura na relação específica desta com outras modalidades de marginalidade social, a exemplo da feminilidade, da negritude e da colonialidade política. Também é proposta uma abordagem da loucura na relação com o capitalismo, a partir da constatação de que a interversão contemporânea da razão instrumental em mito, conforme o diagnóstico frankfurtiano, possa conter possibilidades de entender a loucura não só como ausência de razão, mas como inverso dialeticamente distinto da razão, como um resíduo não adaptável desta, resto correlato à própria inadaptação do louco à sociedade produtiva capitalista. Para tanto, são mobilizados autores, a exemplo de Canguilhem, Lévi-Strauss, Foucault e Fanon. O fio condutor dessas considerações, frise-se, é o referido filme de Rouch, primeiro propulsor do conjunto destas reflexões