Avaliação de milho (Zea mays L.) para eficiência ao fósforo usando diferentes doses de adubação fosfatada em solos com alumínio tóxico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1980
Autor(a) principal: Silva, Antonio Carlos da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20240301-153454/
Resumo: Este trabalho teve como objetivo verificar a influência do fósforo, em condições de campo, sobre o índice de espigas, número de grãos na fileira, número de fileiras na espiga e peso de 100 sementes. Objetivou-se ainda, verificar qual dose de adubação fosfatada que melhor se adapta às condições de seleção de milho eficiente em fosforo. Foram utilizadas 16 cultivares de milho ensaiadas em três níveis de fósforo (superfosfato simples) correspondentes a zero, 80 e 160 kg/ha. Os ensaios foram realizados em blocos ao acaso com quatro repetições. Os resultados mostraram que o fósforo exerceu um efeito marcante quando foram adicionados ao solo 80 kg/ha. Nessa dosagem todos os caracteres estudados apresentaram diferenças altamente significativas. Portanto, resultados desse tipo indicam que a seleção torna-se mais vantajosa sob doses intermediárias de fósforo. Embora os dados tenham indicado não haver interação entre os níveis de fósforo utilizados, a seleção de plantas sem a adição de fósforo ao solo não é recomendável. Essa afirmativa e válida para tipo de solo como o do presente trabalho. A seleção na ausência de adubação fosfatada tem como inconveniente a pequena produção de sementes, produção essa que se mostra insuficiente para posterior ensaios de progênies. Por outro lado, para uma seleção em doses elevadas, os dados indicaram que tais doses são desvantajosas, favorecendo as cultivares menos produtivas. Desse modo, torna-se mais difícil a seleção entre os genótipos. Os resultados obtidos levaram à conclusão de que doses intermediárias de adubação fosfatada, doses essas que variam de solo para solo, favorecem a seleção de plantas eficientes em fósforo nas condições de campo. Dentre os parâmetros avaliados, o Índice de espiga demonstrou ser um bom indicador da eficiência de plantas na utilização do fósforo disponível dos solos. Em relação ao peso de 100 sementes, esse caráter respondeu de maneira satisfatória à adição de doses crescentes de fósforo ao solo, e pode ser utilizado como um parâmetro para ajudar na seleção de plantas mais eficientes em fósforo. A seleção de genótipos que respondam bem ao fósforo, quando baseado no coeficiente de regressão linear, não se mostrou eficiente. Os valores desses coeficientes foram praticamente da mesma magnitude. O número de fileiras na espiga praticamente não foi afetado pela adição de fósforo ao solo e, portanto, não pode ser empregado como parâmetro seletivo de plantas eficientes em fósforo. Outra observação bastante importante refere-se aos testes de progênies. Embora os dados tenham indicado que doses intermediárias de fósforo sejam as mais adequadas para a seleção de plantas eficientes em fósforo, é necessário que as progênies selecionadas sejam ensaiadas em, pelo menos, três níveis de fósforo, Esse procedimento visa eliminar aqueles genótipos que respondam segundo uma curva do segundo grau, apresentando baixo ponto de máximo.