Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Feitosa, Mateus Paiva Marques |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-29112023-130832/
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Resumo: |
Introdução: A intervenção coronariana percutânea (ICP) é um dos procedimentos terapêuticos mais realizados em todo o mundo, reduzindo os sintomas e melhorando a qualidade de vida nos pacientes portadores de doença arterial coronariana (DAC) estável. A lipocalina associada ao ácido neutrofílico da gelatinase (NGAL) é um biomarcador de injúria renal aguda (IRA) produzido precocemente após um insulto renal isquêmico. A diurese osmótica e a vasoconstrição da arteríola aferente promovida pelos inibidores do transportador de sódio-glicose 2 (iSGLT2) geram preocupação quanto à possibilidade de desidratação e consequente IRA. Não há consenso sobre a manutenção ou suspensão do iSGTL2 em pacientes que serão submetidos à ICP. Este estudo teve como objetivo avaliar a segurança do uso dos iSLGT2 em pacientes com diabetes submetidos à ICP eletiva. Métodos: O estudo SAFE-PCI é um estudo piloto, unicêntrico, prospectivo, aberto, controlado e randomizado (1:1) com pacientes diabéticos com DAC estável e seguimento de 30 dias. NGAL e creatinina foram coletados imediatamente antes, 6, 24 e 48 horas após a ICP. O iSGLT2 empagliflozina, na dosagem de 25mg via oral por dia, foi iniciado pelo menos 15 dias antes da ICP no grupo intervenção e mantida até o fim do período de seguimento. Ambos os grupos receberam terapia medicamentosa otimizada e protocolo de nefroproteção no período da ICP. Resultados: 42 pacientes foram randomizados (22 pacientes no grupo SGLT2i e 20 pacientes no grupo controle). Não houve diferença nas características basais clínico-laboratoriais e angiográficas entre os grupos. O desfecho primário (valores de NGAL e creatinina pós-ICP) não diferiu em ambos os grupos: o valor médio de NGAL foi de 199 ng/dL no grupo empagliflozina e 150 ng/dL no grupo controle (p = 0,24). Embora tenha havido um aumento inicial da creatinina no grupo iSGLT2 em relação ao grupo controle entre a creatinina basal e pré-ICP e 24 horas pós-ICP, nenhuma diferença foi detectada na creatinina 48 horas pós-ICP (p = 0,06). A incidência de nefropatia induzida pelo contraste (NIC), determinada pelos critérios KDIGO, no grupo iSGLT2 foi de 13,6% e 10% no grupo controle, sem diferença estatística entre os grupos. Conclusão: O presente estudo mostrou que o uso do iSGLT empagliflozina é seguro em relação à função renal durante ICP eletiva em pacientes diabéticos quando comparado com o não uso de SGLT2i |