Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ayrosa Filho, Flávio Marques da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-09042021-193616/
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Resumo: |
Por muito tempo, os comportamentos agressivos canino foram vistos como inerentemente negativos e danosos, sendo um problema a ser removido na sociedade ocidental urbana. Hoje, tem sido considerados fundamentais para o processo de domesticação e o desenvolvimento do cão contemporâneo. A Etologia contemporânea tem procurado estudar os comportamentos agressivos dentro de um contexto social mais amplo, argumentando sobre seu importante papel para a resolução de conflitos. Nesta dissertação, partimos do entendimento da agressividade como um componente importante para o desenvolvimento comportamental do animal, especialmente nas interações sociais com coespecíficos e humanos. No capítulo inicial, discutimos o desenvolvimento comportamental da agressividade canina e a importância das constantes interações entre o corpo e o ambiente do cão para modelar as diferentes trajetórias de desenvolvimento. No segundo capítulo, testamos a hipótese de que características morfológicas e do ambiente (físico e social) do cão atuam de forma a modelar diferentes perfis agressivos nesses animais. Para isso, utilizamos questionários online com os quais obtivemos dados sobre as características do cão, seu ambiente, tutor, e comportamentos agressivos. Realizamos quatro modelos gerais lineares para verificar como essas características caninas se relacionavam com dois perfis de agressividade: a ausência ou as maiores pontuações de agressividade. Encontramos que cães de tutores do gênero masculino, cães com treinamento básico e cães leves tinham mais chances de não apresentar agressividade. Já cães fêmeas, cães mesocéfalos, cães mais pesados, cães que passam a maior parte do tempo dentro e fora de casa, e somente dentro de casa, apresentavam maiores chances de estarem entre os mais agressivos. Em uma sub-amostra onde tínhamos as medidas exatas das alturas e comprimentos do cães, encontramos que cães com tutores mais velhos e cães mesocéfalos tinham mais chances de não apresentar agressividade. Enquanto cães com tutores mais jovens possuíam mais chances de estar entre aqueles com as maiores pontuações em agressividade. No último capítulo, apresentamos dados de um estudo exploratório no qual elaboramos questões para avaliar a relação cão-tutor e outras características do desenvolvimento do cão; e concluímos com a discussão desses resultados dialogando com a abordagem teórica de sistemas em desenvolvimento, propondo considerações para estudos futuros sobre a agressividade canina |