A mesa de inspeção do açúcar e tabaco da Bahia, 1751-1808

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Novais, Idelma Aparecida Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-15082016-112609/
Resumo: Esta tese tem como objetivo analisar a Mesa de Inspeção do Açúcar e Tabaco da Bahia entre os anos de 1751, ano de sua criação, até 1808, quando ocorreu a abertura dos portos Brasil ao comércio internacional e, portanto, o fim do exclusivo colonial e de mudanças estruturais da comercialização dos produtos coloniais. Foram instaladas em algumas capitanias como Pernambuco, Maranhão, Rio de Janeiro e Bahia. Era um órgão administrativo e centralizador, que constituiu um importante instrumento da política mercantilista da Coroa. Esta instituição tinha o objetivo de assegurar o rendimento e controle as atividades produtivas e comerciais da colônia, visando garantir a manutenção do exclusivo colonial. Dentre as suas diferentes atribuições, podemos destacar a preocupação e empenho da Mesa de Inspeção da Bahia na melhoria da qualidade dos produtos, principalmente o açúcar, tabaco e algodão, como também sua atuação para auxiliar os senhores de engenho e lavradores com as novas técnicas de cultivo, produção do açúcar, armazenamento e comercialização. A Mesa também era responsável pelo desenvolvimento de projetos destinados às experiências agrícolas, como o cultivo de produtos oriundos da África e Ásia, a exemplo da pimenta e o cultivo de amoreiras para criação do bicho da seda e de outros gêneros como o arroz, o linho e café. Além disso, era encarregada pela Coroa de combater o descaminho e contrabando que eram intensamente praticados na Capitania da Bahia. O tema se insere no quadro das políticas adotadas pelo Marques de Pombal, orientadas para a revitalização do comércio português na segunda metade do século XVIII, tendo como resultado uma série de medidas conhecidas como Reformas Pombalinas. Durante sua atuação, a Mesa protagonizou conflitos entre produtores, comerciantes e funcionários da coroa de outros órgãos da administração colonial, que procuravam defender seus próprios interesses e agiam, na maioria das vezes, de forma resistente e, até mesmo, contrária a Mesa de Inspeção.