Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Katiuscia Martins de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-17032021-112219/
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Resumo: |
O consumo intermitente de etanol, denominado binge drinking está relacionado a prejuízos para a saúde do indivíduo. Binge drinking descreve o padrão de consumir bebidas alcoólicas que resulta em concentração sanguínea de etanol igual ou superior a 0,08 g/dL (consumo de 70/56 gramas de etanol para homens/ mulheres) em um período de 2 horas. Os mecanismos que medeiam os danos orgânicos induzidos pelo consumo de etanol em padrão binge não são conhecidos. Portanto, o desenvolvimento de modelos experimentais que permitam o melhor entendimento desses mecanismos é de interesse. A hipótese desse estudo é a de que o consumo em binge ative os receptores AT1 que irá promover aumento do estresse oxidativo sistêmico. Portanto, o presente projeto foi delineado de forma a investigar a participação dos receptores AT1 no estresse oxidativo sistêmico induzido pelo consumo de etanol em padrão binge. Com esse propósito, ratos Wistar Hannover com idade entre 60 e 70 dias (270 a 300 g) foram distribuídos aleatoriamente em 4 grupos: 1) Controle: os animais tiveram livre acesso a água e receberam diariamente água por gavagem; 2) Etanol binge: os animais tiveram livre acesso a água e receberam etanol na dose de 2 g/kg (10 mL/kg de uma solução 26% v./v.) por gavagem por período de 5 semanas. A administração de etanol foi realizada 4 dias por semana; 3) Losartan: os animais tiveram livre acesso a água e receberam losartan (10 mg/kg) diariamente por gavagem; 4) Etanol binge + losartan: os animais tiveram livre acesso a água e receberam etanol na dose de 2 g/kg por gavagem por período de 5 semanas. Esses animais também receberam losartan (10 mg/kg) diariamente por gavagem. Ao término do tratamento os animais foram anestesiados com uretana 1,25 g/kg em solução 25% (5 mL/kg) e mortos por exsanguinação seguida do rompimento do diafragma. O sangue e o coração (ventrículo esquerdo) foram coletados para realização de análises bioquímicas. O tratamento com etanol não alterou o peso dos animais ao longo do tratamento. Não foram detectadas diferenças do consumo de ração e de água entre os grupos ao longo das 5 semanas de tratamento. Os resultados mostraram que o consumo de etanol em padrão binge não alterou a concentração plasmática de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e do peróxido de hidrogênio (H2O2) bem como a atividade plasmática das enzimas superóxido dismutase (SOD), da concentração plasmática de glutationa reduzida (GSH) e da atividade plasmática da catalase. Perfil semelhante foi observado no ventrículo esquerdo, além da não observação da expressão proteica da ERK 1/2. Com isso, o consumo de etanol em binge não alterou o estresse oxidativo sistêmico e tecidual ou alteração dos sistemas de defesa antioxidante. |