Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Wanhinna Regina Soares da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-09032023-152713/
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Resumo: |
Introdução: O Brasil é um país com amplas disparidades regionais. As mulheres grávidas brasileiras ainda enfrentam dificuldades de acesso à atenção à saúde. Diante da heterogeneidade territorial do país, as mulheres têm enfrentado dificuldades de acesso à saúde. Objetivo: Analisar o acesso à atenção ao pré-natal, ao parto e ao puerpério em dois municípios com características insulares da região Amazônica, classificados como rurais e remotos. Método: Foi realizado um estudo de caso dos municípios Melgaço (Pará) e Maués (Amazonas) com abordagem quantitativa e qualitativa. Foram analisados indicadores dos sistemas de informação de mortalidade (SIM) e do sistema de informação de nascidos vivos (SINASC) do período de 2014-2018; e entrevistas com gestores, profissionais e usuárias do sistema de saúde, realizadas em 2019. Resultados: Identificou-se que os serviços de atenção ao pré-natal, parto e puerpério estão disponíveis em ambos os municípios, todavia estão concentrados nas sedes municipais. Há ainda rotatividade de profissionais e oferta insuficiente de exames e medicamentos. As barreiras de acesso geográfico envolvem longos percursos, grandes custos, transportes precários, com variação sazonal conforme clima, regime dos rios e fluxo das águas. A acessibilidade organizacional é dificultada pelas ações esporádicas da unidade de saúde fluvial, pela insuficiência de transportes sanitários, e pela agenda restritiva de atendimento às gestantes, fatos que impactam em custos financeiros para as usuárias. Dos nascidos vivos de Melgaço e Maués, respectivamente, 13,9% (409) e 5,5% (394) são de gestantes com nenhuma consulta de pré-natal. Quanto à aceitabilidade, foram observadas a expressão de satisfação com o serviço de saúde recebido, as longas distâncias, bem como as dificuldades financeiras, vistas pelas usuárias como inatas ao seu modo de vida. Considerações Finais: Este estudo revela desafios à gestão da saúde no que tange a efetivação do acesso. O local de residência da usuária, se na sede ou no interior do município, condiciona seu nível de acesso conforme o quanto há de água por todos os lados no trajeto até a unidade de saúde mais próxima. Salienta-se a necessidade de ações e estratégias dos gestores com o objetivo de mitigar as barreiras encontradas. E espera-se que esta pesquisa possa subsidiar, por meio de informações, o aperfeiçoamento das políticas de atenção à saúde materno-infantil em áreas rurais remotas. |