A dança das cadeiras: a eleição de João Havelange à presidência da FIFA (1950-1974)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rocha, Luiz Guilherme Burlamaqui Soares Porto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-28022020-175445/
Resumo: Em 1974, o brasileiro João Havelange foi alçado à presidência da FIFA numa eleição em dois turnos contra o então presidente da entidade, Stanley Rous. Construindo uma aliança com os países do denominado Terceiro Mundo Ásia, Oriente Médio e África , a vitória do dirigente brasileiro causou espanto na imprensa internacional da época. Na narrativa do dirigente, a campanha é descrita como uma odisseia particular na qual o protagonista cruza dois terços do mundo na tentativa de angariar votos e desafiar o status quo institucional da entidade. Defendese que esta eleição pode ser pensada como um evento histórico dotado de significação social. Aqui, a eleição se configura como uma janela política a partir da qual se radiografa a dinâmica internacional em um dado momento da Guerra Fria, em particular, a compreensão dos limites e das possibilidades da agência de países periféricos neste momento. O papel ativo que o Estado civil-militar e segmentos da sociedade civil brasileira detiveram na arquitetura da campanha indica a existência de um projeto político em torno da candidatura. Nesta trilha, este trabalho busca compreender quais os atores sociais envolvidos, como se deu o processo de formação das redes e que agentes políticos estiveram diretamente envolvidos na campanha.