Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Barros, Flavio Luis Soares de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-18102011-103355/
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Resumo: |
A impossibilidade de decidir é apresentada ao leitor em Bouvard e Pécuchet, de Gustave Flaubert, sob diversos aspectos, evidenciando a reiteração da ideia de impasse, entendido como situação que atinge pontos de solução difícil ou aparentemente impossível. Associados à narrativa, à leitura, enquanto ato, e à escrita, enquanto processo, os impasses sucessivos aproximam-se do conceito de labirinto, colocando em movimento permanências e rupturas de vertente literária fecunda, descrita por Hugh Kenner em The Stoic Comedians. Abrindo espaço para a presença de opiniões contraditórias e, mais que isso, para a dificuldade de sua reconciliação, é sugerida uma quebra da lógica causal, numa narrativa não mais fundada em eventos, mas no tratamento do material linguístico. Abordam-se aqui reflexões teóricas sobre o funcionamento e os efeitos do texto estudado, levando em conta os questionamentos recentes sobre os paradoxos da ficção e os limites da narrativa, tomando por base um enfoque múltiplo. A bêtise, o aspecto enciclopédico do texto, a cópia e a comicidade servem como pontos de partida, com base na ótica da mobilização de saberes. Finalmente, são traçados paralelos entre procedimentos do texto flaubertiano e alguns procedimentos adotados desde o final do século 19 e ao longo do século 20 por artistas de várias formas de expressão, buscando estabelecer possíveis diálogos. |