A topologia dos bancos de investimento no Brasil: primazia urbana e formação do complexo corporativo metropolitano de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Alves, Caio Zarino Jorge
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-05082015-115933/
Resumo: A presente dissertação tem por objetivo central investigar a lógica de funcionamento e de localização dos bancos de investimento no território brasileiro. Esta lógica possui determinações mais gerais ligadas ao capitalismo dirigido pelas finanças e é também um reflexo da atual restruturação urbana, caracterizada pela concomitância entre os processos de dispersão territorial de unidades produtivas (que trabalham com informações padronizadas) e de intensa concentração dos serviços especializados avançados (que coletam, interpretam e produzem informações complexas e instáveis). A partir destes pressupostos, analisamos a mudança qualitativa no uso financeiro do território brasileiro por meio da topologia dos bancos de investimento entre os anos de 1966 e 2013, dando destaque a ação recente de duas instituições deste tipo: o BR Partners e o BES Investimento do Brasil. A desregulamentação financeira, articulada ao incremento da fluidez imaterial do território, está no cerne da passagem de uma topologia mais regionalizada para outra mais verticalizada dos bancos de investimento, topologia que aumentou a primazia da cidade de São Paulo na rede urbana brasileira. Como corolário desse processo vê-se, na esfera da estrutura urbana de São Paulo, uma expansão do Complexo Corporativo da Metrópole, fundado agora em novas centralidades, cada vez mais intensivas em técnica, ciência e informação em seu ambiente construído.