Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Campos, Débora Ribeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-07022022-150824/
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Resumo: |
Introdução: A mobilização precoce (MP) pode acelerar a recuperação funcional, reduzir o tempo de ventilação mecânica e diminuir o tempo de internação hospitalar e na unidade de terapia intensiva (UTI). A estimulação elétrica neuromuscular (EENM) pode ser aplicada precocemente na UTI a fim de manter a força muscular e o estado funcional. Este estudo avaliou o impacto do uso adicional e precoce da EENM a um protocolo de MP. Material e métodos: Este é um estudo controlado e randomizado, realizado na UTI da Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Brasil. Cento e trinta e nove pacientes consecutivos em ventilação mecânica foram incluídos nas primeiras 48 horas de admissão na UTI. Os pacientes foram divididos em dois grupos: MP e MP+EENM. Ambos receberam diariamente o mesmo protocolo de MP. No grupo MP+EENM, os pacientes receberam o uso adicional de EENM, cinco dias por semana, por 60 minutos, começando nas primeiras 48 horas de admissão até a alta da UTI. Foram avaliados o estado funcional, força muscular, independência funcional, tempo de internação na UTI e hospitalar, incidência de delirium, incidência de fraqueza muscular adquirida na UTI, espessura muscular, dias de ventilação mecânica, mortalidade e qualidade de vida. O desfecho primário foi a avaliação pela Escala do estado funcional em unidade de terapia intensiva (FSS-ICU) na alta da UTI. Resultados: Os pacientes do grupo MP+EENM, em comparação com os que só receberam a MP, apresentaram um estado funcional significativamente melhor no primeiro dia acordado (p<0,05), na alta da UTI (p<0,05) e na alta hospitalar (p<0,05). Eles também se levantaram pela primeira vez mais precocemente durante a internação na UTI (p<0,05) e tiveram um menor tempo de internação hospitalar, menor incidência de fraqueza muscular adquirida na UTI e melhor força muscular global no primeiro dia acordado (p<0,05), na alta da UTI (p<0,05) e na alta hospitalar (p<0,05). Os dias em ventilação mecânica, a qualidade de vida e a incidência de delirium não mudaram significativamente entre os grupos. Conclusões: A aplicação adicional da EENM precoce a um protocolo de MP promoveu melhores resultados funcionais no primeiro dia acordado, na alta da UTI e na alta hospitalar. Os pacientes que receberam a EENM também levaram menos dias para ficar em pé, tiveram menor tempo de internação hospitalar, menor incidência de fraqueza muscular adquirida na UTI e melhor força muscular nos três momentos avaliados. Estudos futuros ainda são necessários para esclarecer os efeitos de terapias associadas à MP, principalmente para avaliar os desfechos em longo prazo. |