Estudo de propriedades microbiológicas e toxicológicas do xilitol visando a sua aplicação no controle da dermatite atópica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Ferreira, Aline Siqueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/97/97131/tde-20092012-120433/
Resumo: O crescente aumento da resistência microbiana aos antibióticos disponíveis impulsiona a busca por novas substâncias, com características superiores às correntemente usadas. Neste sentido, este trabalho propôs investigar as propriedades terapêuticas do xilitol visando a sua aplicação no controle da dermatite atópica, patologia que acomete a pele e que é agravada pela presença da bactéria Staphylococcus aureus. No presente estudo foram executados ensaios in vitro de atividade antimicrobiana do xilitol e verificado se este composto atua na aderência bacteriana, sobre a bactéria Staphylococcus aureus ATCC 25923. Foi avaliada a ação do xilitol produzido tanto pela via química quanto pela biotecnológica, sendo este último obtido a partir de fermentação do hidrolisado hemicelulósico da palha de trigo, nas concentrações de 1, 5 e 10 % (p/ v). A seguir, foram executados testes de toxicidade dérmica aguda com doses repetidas com xilitol nas concentrações de 5 e 10 % (p/ p), nas formas farmacêuticas de creme e de gel, em coelhos albinos da raça Nova Zelândia e testes de fototoxicidade, na concentração de 10 % (p/ p), nas formas farmacêuticas de creme e de gel, utilizando cobaias albinas da raça Durkin-Hartley. Em relação aos ensaios in vitro, observou-se que o xilitol, nas concentrações testadas, não impediu o crescimento bacteriano, mas inibiu a aderência da bactéria a uma superfície de prova, evidenciando ser este o provável mecanismo de ação desta substância sobre as bactérias. Em testes toxicológicos realizados, todas as formulações contendo xilitol foram classificadas como não irritantes quando foram avaliadas quanto à toxicidade dérmica aguda com doses repetidas. Entretanto, nos testes da fototoxicidade, as formulações testadas apresentaram certa fototoxicidade, sugerindo ser a formulação a base de creme mais fototóxica do que aquela a base de gel. Estes resultados evidenciam a aplicabilidade do xilitol no controle da dermatite atópica, como princípio ativo de formulações seguras, observando que a aplicação deve ser realizada com o uso de protetor solar. Este estudo buscou contribuir de maneira expressiva na elucidação do mecanismo de ação do xilitol e verificar os cuidados que devem ser considerados quando realizada sua aplicação pela via dérmica.