Desenvolvimento de uma técnica de desenho digital e impressão em 3D de placas oclusais e sua aplicabilidade no tratamento de pacientes com disfunção temporomandibular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Vasques, Mayra Torres
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23150/tde-07082019-095130/
Resumo: O uso de novas tecnologias na odontologia, como a técnica CAD/CAM, promete ser uma opção relevante no que diz respeito à confecção das placas oclusais, empregadas no tratamento de disfunções temporomandibulares. O objetivo desta pesquisa foi desenvolver uma técnica para desenho e confecção de placas oclusais pelo método CAD/CAM, em impressora 3D, e verificar seus resultados clínicos no tratamento de pacientes com disfunções temporomandibulares. Para o desenho das placas foi desenvolvida uma metodologia de desenho digital (CAD), utilizando o software Meshmixer® (Autodesk, USA), e de registro das relações maxilo-mandibulares. A partir dessa metodologia iniciou-se um estudo clínico randomizado comparativo entre as placas CAD/CAM produzidas em impressora 3D e placas produzidas convencionalmente em laboratório. O estudo foi realizado em duas etapas, 18 pacientes foram avaliados de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Na Etapa 1 (n=18) foram realizados testes técnicos comparativos das duas placas em relação à dor, por meio da Escala Visual Analógica; atividade muscular; ajuste interno; báscula; conforto; tempo de instalação; pontos de contato oclusal. Todos os pacientes da amostra utilizaram os dois tipos de placas. Na Etapa 2, estes pacientes foram divididos randomicamente em dois grupos para o estudo clínico randomizado (estudo cego): Grupo IMP (n=9) (placas impressas) e grupo LAB (n=9) (placas convencionais laboratoriais). Os grupos foram avaliados após 1 mês de uso, por meio dos Questionários, RDC/TMD, SF-36, escala visual de dor EVA, e pelos pontos de contato oclusais. Os dados foram avaliados estatisticamente usando os testes de Wilcoxon, de Mann-Whitney, e de Kruskal-Wallis nas análises quantitativas; os testes Qui-Quadrado e Exato de Fisher, nas variáveis categóricas. Os resultados mostraram que houve diferenças significativas (P-valor<0.05) nas avaliações para conforto, ajuste interno e tempo de confecção das placas, a favor das placas impressas. Nas demais avaliações, os grupos foram equivalentes (não- significantes). Concluiu-se que foi possível desenvolver uma técnica para desenho e confecção de placas oclusais pelo método CAD/CAM, em impressora 3D, e que o desempenho clínico foi equivalente entre as placas convencionais e impressas, sendo que estas se mostraram superiores quanto ao conforto e quanto à adaptação da superfície interna da placa, mostrando ser este um método possível e viável economicamente.