Terapia com placa oclusal com e sem guias anteriores de desoclusão em pacientes com disfunção temporomandibular e zumbido subjetivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Venezian, Giovana Cherubini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58133/tde-22052012-144635/
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de placas oclusais com guias anteriores de desoclusão e placas oclusais com contatos bilaterais e anteriores simultâneos durante os movimentos excursivos da mandíbula em pacientes com disfunção temporomandibular (DTM) e zumbido subjetivo. Foram avaliados 264 pacientes encaminhados para tratamento da DTM na FORP/USP e selecionados 32 mulheres com DTM muscular, associada ou não a DTM articular, e zumbido subjetivo que preencheram os critérios de inclusão. O diagnóstico da DTM foi realizado com o Research Diagnostic Criteria for Temporomadibular Disorders (RDC/TMD). As pacientes foram divididas randomicamente em dois grupos para utilizarem um dos dois tipos de placas. As avaliações incluíram dor à palpação, limiar de dor a pressão com algômetro, medidas da amplitude dos movimentos mandibulares, eletromiografia de superfície, relato da intensidade da dor e da loudness do zumbido em escala visual analógica (EVA) e das características do zumbido. Os pacientes também responderam a um questionário para quantificação da frequência e severidade dos sinais e sintomas de DTM (ProDTMMulti) e para a avaliação do impacto do zumbido no dia-a-dia (Tinnitus Handicap Inventory - THI). A avaliação eletromiográfica foi realizada em várias atividades com e sem placa oclusal (apertamento máximo voluntário, movimentos excursivos mandibulares, repouso e mastigação habitual) e comparada com um grupo de 13 mulheres assintomáticas. As avaliações foram realizadas inicialmente (A1), no dia de instalação das placas oclusais, após 60 dias da avaliação inicial (A2) e após 90 dias de uso da placa oclusal (A3). O período entre as avaliações A1 e A2 foi considerado um período controle. Os resultados mostraram uma significante melhora da dor relatada pelo pacientes e aumento da amplitude da abertura bucal sem dor nos dois grupos, sem diferença entre eles. A atividade eletromiográfica foi significativamente reduzida durante apertamento máximo voluntário com a placa oclusal em comparação com o apertamento em máxima intercuspidação habitual, para as demais atividades realizadas durante o exame não houve diferença significante. A avaliação do zumbido mostrou que em muitos pacientes houve remissão do sintoma após o tratamento com placa oclusal. Não houve diferença entre os grupos para todas as avaliações realizadas. Baseados nesses achados, pode-se concluir que o tratamento com ambas as placas promoveu melhora na sintomatologia dos pacientes, sem diferenças entre elas, e houve em muitos pacientes uma remissão do zumbido relatado durante o tratamento.