Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Barretto, Marcus Vinicius Knupp |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-01092009-115644/
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Resumo: |
O objetivo desta dissertação é apresentar e discutir alguns processos fonológicos de adição e subtração de elementos (metaplasmos) na língua sãotomense. Neste trabalho, faremos uma comparação entre as contribuições das línguas portuguesa, quicongo e bini. Entre os séculos XV e XVI, diversas línguas nasceram do contato entre europeus e povos da África, Ásia e América. Chamadas de pidgins e crioulos, essas línguas contam com contribuições linguísticas da língua do povo dominador (língua de superstrato) e com contribuições da(s) língua(s) do(s) povo(s) dominado(s) (língua(s) de substrato). O sãotomense, língua falada atualmente na República de São Tomé e Príncipe, é uma dessas línguas, classificada como crioulo de base portuguesa, e conta com o português seiscentista como língua de superstrato e com línguas africanas, dentre elas o quicongo e o bini como línguas de substrato. Ao longo deste trabalho, analisaremos algumas das influências das línguas de substrato e superstrato na constituição do sãotomense. As contribuições das línguas de superstrato estão, majoritariamente, relacionadas à composição do léxico e as das línguas de substrato na fonologia, morfologia e sintaxe, embora também haja traços inovadores. No caso do sãotomense, as palavras portuguesas, ao entrarem no léxico do sãotomense, sofreram metaplasmos para se adequar à estrutura das línguas africanas dos primeiros falantes, sem, contudo, evitar que a língua portuguesa também contribuísse para a constituição da fonologia do sãotomense. Uma das contribuições do quicongo na fonologia do sãotomense é o lambdacismo transformação de [r] em [l] durante o processo de empréstimos, enquanto a língua portuguesa contribuiu com a eliminação do sistema tonal, presente em quicongo e bini, mas não em português. |