Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silom, Alfa dos Santos
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Orientador(a): |
Santos, Gredson dos
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Banca de defesa: |
Freitas, Shirley,
Agostinho, Ana Lívia,
Bandeira, Manuele,
Santos, Gredson dos |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC)
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Departamento: |
Instituto de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39485
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Resumo: |
Este trabalho está enquadrado no campo do estudo do Contato Linguístico, em que se inserem as línguas crioulas, e no campo de estudos da Sociolinguística. De modo geral, o trabalho consiste numa análise sociolinguística variacionista do fenômeno da epêntese vocálica com sílabas de molde CCV no crioulo guineense falado pelos grupos étnicos Fula (região de Bafata) e Balanta (região de Quinara). A análise apresentada neste trabalho foi feita a partir de 24 entrevistas que fazem parte de um corpus formado através do trabalho de campo realizado na Guiné-Bissau com participantes da etinia Fula, na região de Bafatá, e da etinia Balanta, na região de Quinara. A discussão dos resultados está embasada em diversos autores, entre os quais Bakker (1994), Bickerton (1984), Bisol (2001), Cagliari (1998), Calvet (2007), Degraff (2007), Good (2012), Holm (2000), Kihm (1994), Labov (1972 [2008]), Mcwhorter (2010), Mufwene (2007). Para análise estatística da variável linguística estudada, utilizamos o programa GOLDVARB X. Seguindo aquilo que a Sociolinguística Variacionista recomenda, inicialmente pensamos a análise dos dados considerando como hipóteses que o fenômeno da epêntese pode ser influenciado por variáveis linguísticas independentes (Extensão da palavra, Posição na sílaba em que fenômino ocorre, Tonicidade da sílaba em que o fenômeno ocorreu,Tipo de vogal de epêntese inserido, Classe do vocábulo) e por variáveis extralinguísticas (Escolaridade, Sexo, Grupo étnico e Tipo de fonte de dados). Assim, o principal propósito dessa análise foi verificar em que grupo étnico ocorre mais a vogal de epêntese e quais são principais motivadores. Além da análise da epêntese, foi feito um levantamento do inventário fonológico do crioulo guineense a partir das nossas observações em comparação com os trabalhos de Costa (2014) e Chapouto (2014). Esboçamos ainda uma análise da avaliação metalinguística que os grupos fizeram de si mediante a aplicação de um instrumento próprio durante a coleta das entrevistas. Do total de 1224 dados analisados, a epêntese, responde por mais de 88,2% dos dados da amostra (1080) entre os Fulas. A análise mostrou que, nesse grupo étnico, a epêntese é preferida pelas mulheres. Para o grupo Balanta a epêntese pode ser considerada rara, já que ocorreu num percentual de 3,6%. Os dados nos levam a concluir que esses percentuais se devem principalmente ao contato da língua guineense com as línguas fula e balanta, que apresentam moldes silábicos diferentes, conforme demonstramos no trabalho. |