Estudo paleomagnético da Suíte Mesoproterozoica Arinos, Sudoeste do Cráton Amazônico: implicações para a formação do supercontinente Rodínia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Julia Massucato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14132/tde-03062024-122834/
Resumo: A formação do supercontinente Rodinia ainda é tema de bastante debate na literatura. Os estudos paleomagnéticos realizados em rochas de 12001000 Ma do Cráton Amazônico permitem testar modelos de configurações paleogeográficas no período anterior a formação do supercontinente Rodinia, ocorrido há 1000900 Ma. Neste trabalho, são realizados estudos paleomagnéticos e de datação KAr (em rocha total) dos olivina-diabásios da Suíte Intrusiva Arinos, que correspondem às soleiras que cortam o pacote sedimentar da Formação Dardanelos, localizadas a noroeste do Estado do Mato Grosso (Cráton Amazônico). A idade inferida para a colocação das soleiras Arinos é 1140 ± 10 Ma, a qual é coerente com a idade máxima para a deposição sedimentar da Formação Dardanelos, de 13001250 Ma, determinada em zircões detríticos destas rochas pelos métodos UPb e PbPb. Os estudos paleomagnéticos, através da desmagnetização por campos alternados e térmica passo-a-passo, revelaram uma direção da magnetização remanente característica estável a sudeste (noroeste) com baixas inclinações positivas (negativas). O estudo da mineralogia magnética indica que esta magnetização remanente característica é portada por magnetitas e/ou titanomagnetitas (com baixo teor em titânio) com estrutura de domínio simples (SD) e pseudo-domínio simples (PSD). Foi determinada a direção média Dm=143,9º, Im=28,8º (N=24; 95=6,5; k=21,7) e o polo paleomagnético ARI, localizado a 54,9ºS; 17,8ºE (A95=5,9º; K=25,8), o qual é classificado com critério de confiabilidade R=5. O polo obtido para a Suíte Arinos (polo ARI) permitiu testar duas configurações possíveis: a primeira corresponde a configuração do megacontinente Umkondia, onde o Cráton Amazônico (na configuração do Umkondia) estaria unido ou separado da Báltica; a segunda configuração refere-se ao modelo WABAMGO, em que o polo obtido neste trabalho é compatível com a curva de deriva polar aparente traçada para este bloco continental entre 1200 e 860 Ma.