Avaliação da técnica de microextração em fase líquida com fibra oca (HF-LPME) para análise do topiramato em plasma e saliva por LC-MS/MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Montanari, Cristina Martiniano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60134/tde-01072021-152126/
Resumo: O topiramato (TPM) é um medicamento utilizado no tratamento de crises epilépticas generalizadas e focais e no tratamento adjunto da epilepsia refratária. Devido à alta variabilidade interindividual, às interações medicamentosas e aos efeitos adversos apresentados durante a administração do TPM, a monitorização terapêutica nos pacientes que fazem uso deste medicamento é necessária para ajuste de dose individual e evitar esses efeitos. Assim, o objetivo deste trabalho foi a avaliação da técnica de microextração em fase líquida com fibras ocas (HF-LPME) para análise do TPM em amostras de plasma e saliva de pacientes epilépticos. A análise do TPM foi realizada por cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massas, com coluna Ascentis Express C18 (2,7 µm, 10 cm X 4,6 mm) equipada com coluna de guarda Ascentis Express C 18 (2,7 µm, 3 mm X 4,6 mm), temperatura de 40°C, vazão de 0,25 mL.min-1 e fase móvel composta por acetonitrila:água (80:20, v/v). Nestas condições o TPM e o padrão interno (PI), prednisona foram analisados em menos de 6 minutos. Foi utilizada a ionização por electrospray (ESI) no modo negativo e as transições dos ions foram: m/z 338→78 e m/z 338→96 para o TPM e m/z 357→327 e m/z 357→123 para a prednisona. A HF-LPME foi avaliada no modo de 3 fases, usando 200 µL de plasma ou 700 µL de saliva, 3,5 mL de solução fosfato de sódio 20 mmol L-1 pH 6,0 como fase doadora. O solvente utilizado para impregnar a fibra foi o 1-octanol. Como fase aceptora foram utilizados 80 µL de solução de hidróxido de amônio pH 12,0 para ambas matrizes biológicas. Em uma velocidade de extração de 1000 rpm e tempos de extração de 30 min e 40 min respectivamente, para amostras de plasma e saliva. As características de desempenho analítico para ambos os métodos foram avaliadas, utilizando como guias o EMA (2011) e a ANVISA (2012) sendo obtida linearidade na faixa de concentração plasmática e salivar de 1- 30 µg mL-1 e limite inferior de quantificação (LIQ) de 1 µg mL-1. Os ensaios de precisão e exatidão apresentaram valores abaixo de 15%, de acordo com os guias oficiais. Além disso, os métodos foram seletivos, não apresentaram efeito residual e as amostras foram estáveis. Os valores de eficiência de extração foram de 38,3 e 21,1% para amostras de plasma e saliva, respectivamente. Os métodos validados foram aplicados com sucesso em amostras de pacientes epilépticos em tratamento com o TPM. A HF- LPME apresentou vantagens, mostrando ser uma técnica promissora para análise de matrizes complexas, com reduzido consumo de solvente orgânico e possibilidade de automação.